Shakuhachi
De Nikkeypedia
Revisão de 22:50, 11 Fevereiro 2010 (editar) Suely (Discussão | contribs) (→Estrutura) ← Ver a alteração anterior |
Revisão de 23:16, 11 Fevereiro 2010 (editar) (undo) Suely (Discussão | contribs) (→Estrutura) Ver a alteração posterior → |
||
Linha 6: | Linha 6: | ||
O bambu usado na sua construção é um bambu grosso e duro chamado [[Madake]], cortado na base e com a distância entre os nós bem definida. Possui quatro orifícios na parte frontal e um na parte traseira coberto pelo polegar. Estes cinco furos são suficientes para produzir uma escala completa dos sons; na verdade, é esse pequeno número de furos que dá ao shakuhachi seu distinto tom penetrante e agudo. Fundamentalmente, o ''Shakuhachi'' usa a [[escala pentatônica]] (Ré, Fá, Sol, Lá, Dó, Ré), mas é possível executar a [[escala cromática]] e até fazer portamento apenas mudando a [[embocadura]]. | O bambu usado na sua construção é um bambu grosso e duro chamado [[Madake]], cortado na base e com a distância entre os nós bem definida. Possui quatro orifícios na parte frontal e um na parte traseira coberto pelo polegar. Estes cinco furos são suficientes para produzir uma escala completa dos sons; na verdade, é esse pequeno número de furos que dá ao shakuhachi seu distinto tom penetrante e agudo. Fundamentalmente, o ''Shakuhachi'' usa a [[escala pentatônica]] (Ré, Fá, Sol, Lá, Dó, Ré), mas é possível executar a [[escala cromática]] e até fazer portamento apenas mudando a [[embocadura]]. | ||
+ | [[Image:Kifu.5200.jpg|left|frame|Kifu Mitsuhashi soprando o seu shakuhachi.]] | ||
+ | Sua característica principal são as curiosas mudanças de colorido das escalas e tons que se consegue com a maneira com que se assopra; com o espaço entre os lábios e o bocal e com a maneira de controlar os dedos. Sua construção é basicamente simples, embora a colocação dos furos e dos ajustes do instrumento sejam processos muito delicados. É este fato que permite técnicas complexas, tal como o uso da respiração com mudanças no ângulo, fundindo para mudanças grandes ou minuciosas. | ||
+ | |||
+ | |||
+ | Por causa de seu som único, não se encontra nas flautas ocidentais, nenhuma similar e o shakuhachi tem sido incorporado ao jazz e à música contemporânea, estendendo seus limites de expressão. | ||
== Origem == | == Origem == |
Revisão de 23:16, 11 Fevereiro 2010
Shakuhachi, é um instrumento de sopro de estrutura aparentemente simples: um bocal, o corpo de bambu e cinco orifícios. Porém, suas medidas são rigorosas. O comprimento mais comum do instrumento é de 1,8 shaku (1 shaku = aproximadamente 30 centímetros).
Estrutura
O bambu usado na sua construção é um bambu grosso e duro chamado Madake, cortado na base e com a distância entre os nós bem definida. Possui quatro orifícios na parte frontal e um na parte traseira coberto pelo polegar. Estes cinco furos são suficientes para produzir uma escala completa dos sons; na verdade, é esse pequeno número de furos que dá ao shakuhachi seu distinto tom penetrante e agudo. Fundamentalmente, o Shakuhachi usa a escala pentatônica (Ré, Fá, Sol, Lá, Dó, Ré), mas é possível executar a escala cromática e até fazer portamento apenas mudando a embocadura.
Sua característica principal são as curiosas mudanças de colorido das escalas e tons que se consegue com a maneira com que se assopra; com o espaço entre os lábios e o bocal e com a maneira de controlar os dedos. Sua construção é basicamente simples, embora a colocação dos furos e dos ajustes do instrumento sejam processos muito delicados. É este fato que permite técnicas complexas, tal como o uso da respiração com mudanças no ângulo, fundindo para mudanças grandes ou minuciosas.
Por causa de seu som único, não se encontra nas flautas ocidentais, nenhuma similar e o shakuhachi tem sido incorporado ao jazz e à música contemporânea, estendendo seus limites de expressão.
Origem
Assim como o Koto e o Sangen, o instrumento foi introduzido no Japão através da China.
Existem composições para o Shakuhachi datadas da era Nara (Século VIII). O Shakuhachi era tocado como parte das cerimônias e práticas do Zen Budismo, mais especificamente na facção Fuke japonesa. Era o instrumento preferido dos sacerdotes peregrinos. No início do período Edo (Século XVII) surge a escola Kinko, que sem perder os aspectos religiosos, passou a utilizar o instrumento puramente para a música. Há cerca de cem anos surgiu uma nova escola, a Tozan. Existem diferenças na técnica de execução dos instrumentos, e até mesmo na estrutura, como a colocação do quinto orifício numa posição mais abaixo.
Veja também: Lista de instrumentos musicais