Juniti Saito
De Nikkeypedia
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Reencontro como começo de história. Raízes como apego ao rumo. Tudo insondável, imaterial, de fôlego infinito e silêncio que diz. Para ele, as paisagens sempre passaram rápidas demais. Piloto de caça, a velocidade do avião fez com que o seu pensamento e o seu raciocínio também fossem, durante a vida, ligeiros. Por vezes supersônicos. Relembrar a vida também se faz assim. Num milésimo de segundo, fundem-se lembranças das fotos em preto e branco e a realidade iluminada. Porém, neste ano, ele viu uma história voltar devagar. Não de avião. Mas de navio. Os olhos puxados e o coração aberto para o passado, vivido em pleno presente. O Tenente-Brigadeiro-do-Ar '''Juniti Saito''', de 66 anos, hoje '''Comandante da Aeronáutica''', viu, sorriu e se emocionou ao mirar uma cena que somente fazia parte da imaginação criada a partir da história que seus pais um dia contaram. | Reencontro como começo de história. Raízes como apego ao rumo. Tudo insondável, imaterial, de fôlego infinito e silêncio que diz. Para ele, as paisagens sempre passaram rápidas demais. Piloto de caça, a velocidade do avião fez com que o seu pensamento e o seu raciocínio também fossem, durante a vida, ligeiros. Por vezes supersônicos. Relembrar a vida também se faz assim. Num milésimo de segundo, fundem-se lembranças das fotos em preto e branco e a realidade iluminada. Porém, neste ano, ele viu uma história voltar devagar. Não de avião. Mas de navio. Os olhos puxados e o coração aberto para o passado, vivido em pleno presente. O Tenente-Brigadeiro-do-Ar '''Juniti Saito''', de 66 anos, hoje '''Comandante da Aeronáutica''', viu, sorriu e se emocionou ao mirar uma cena que somente fazia parte da imaginação criada a partir da história que seus pais um dia contaram. | ||
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De alguma forma, era o reencontro com os pais. O pai e a mãe estavam ali. E quem de nós não vê neblinar os olhos ao ter de volta o pai e a mãe? Estava ali mais do que o tempo porque não se afasta, não se traduz, não há relógio. É só mesmo a lembrança do “ouvir”. Um navio partindo do Porto de Kobe em direção ao Brasil. Lágrimas. A angústia da despedida. A esperança de voltar. Rumo a um país do outro lado do mundo, de onde se tinha notícia que se poderia fazer riqueza em pouco tempo. '''Toshiko Tamaoki''' e '''Iwataro Saito''', hoje já falecidos, fizeram, na década de 30, a viagem que mudaria para sempre suas vidas e o destino de sua família. Nunca mais voltariam a viver no Japão. Foram para a lavoura. “Meu pai era um homem do campo, mas minha mãe, não. Ela era estudante e teve que se adaptar à nova vida no Brasil com muitas dificuldades”, conta o Comandante da Aeronáutica. Chegaram a Pompéia, no interior de São Paulo, onde ele nasceu e a família cresceu. A história daquelas pessoas se fez mais longa do que aqueles 52 infinitos dias no mar. | De alguma forma, era o reencontro com os pais. O pai e a mãe estavam ali. E quem de nós não vê neblinar os olhos ao ter de volta o pai e a mãe? Estava ali mais do que o tempo porque não se afasta, não se traduz, não há relógio. É só mesmo a lembrança do “ouvir”. Um navio partindo do Porto de Kobe em direção ao Brasil. Lágrimas. A angústia da despedida. A esperança de voltar. Rumo a um país do outro lado do mundo, de onde se tinha notícia que se poderia fazer riqueza em pouco tempo. '''Toshiko Tamaoki''' e '''Iwataro Saito''', hoje já falecidos, fizeram, na década de 30, a viagem que mudaria para sempre suas vidas e o destino de sua família. Nunca mais voltariam a viver no Japão. Foram para a lavoura. “Meu pai era um homem do campo, mas minha mãe, não. Ela era estudante e teve que se adaptar à nova vida no Brasil com muitas dificuldades”, conta o Comandante da Aeronáutica. Chegaram a Pompéia, no interior de São Paulo, onde ele nasceu e a família cresceu. A história daquelas pessoas se fez mais longa do que aqueles 52 infinitos dias no mar. | ||
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O Comandante da Aeronáutica viu de frente toda a história de dificuldades e de luta do início da trajetória da família no Brasil porque, neste ano em que se comemora o centenário da imigração japonesa, uma série de cerimônias foram realizadas no Brasil e no Japão. Do outro lado do mundo, o '''Tenente-Brigadeiro Saito''', convidado especial pelo Governo do Japão, visitou, em abril (2008), diversos lugares que o deixaram especialmente tocado. Ambientes como o Porto de [[Kobe]], de onde seus pais saíram, ou [[Hiroshima]], devastada durante a 2ª Guerra Mundial pela bomba atômica, deixaram o Comandante emocionado. Durante o maior conflito de todos os tempos, os pais dele já viviam no Brasil, mas a dor do acontecimento atravessou todos os mares. | O Comandante da Aeronáutica viu de frente toda a história de dificuldades e de luta do início da trajetória da família no Brasil porque, neste ano em que se comemora o centenário da imigração japonesa, uma série de cerimônias foram realizadas no Brasil e no Japão. Do outro lado do mundo, o '''Tenente-Brigadeiro Saito''', convidado especial pelo Governo do Japão, visitou, em abril (2008), diversos lugares que o deixaram especialmente tocado. Ambientes como o Porto de [[Kobe]], de onde seus pais saíram, ou [[Hiroshima]], devastada durante a 2ª Guerra Mundial pela bomba atômica, deixaram o Comandante emocionado. Durante o maior conflito de todos os tempos, os pais dele já viviam no Brasil, mas a dor do acontecimento atravessou todos os mares. | ||
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Durante sua estada no Japão, ele visitou escolas onde “brasileirinhos”, de famílias que hoje (2008) moram naquele país, tentam aprender o difícil idioma. “Eu me identifiquei com aquelas crianças porque passei o mesmo que elas quando cheguei ao Brasil. Até os cinco anos de idade, só falava japonês dentro de casa. Tínhamos muita dificuldade com a língua portuguesa. O que me salvava na escola é que ia muito bem em matemática”, relembra. | Durante sua estada no Japão, ele visitou escolas onde “brasileirinhos”, de famílias que hoje (2008) moram naquele país, tentam aprender o difícil idioma. “Eu me identifiquei com aquelas crianças porque passei o mesmo que elas quando cheguei ao Brasil. Até os cinco anos de idade, só falava japonês dentro de casa. Tínhamos muita dificuldade com a língua portuguesa. O que me salvava na escola é que ia muito bem em matemática”, relembra. | ||
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No Japão, o Comandante foi bastante homenageado. “Fui muito bem tratado por todos”. Ele teve contato com a Família Real, tanto com o Imperador, como com o Príncipe. Conheceu a Base de Defesa Aérea e recebeu, como presente do Comandante da Força daquele país, uma espada de samurai. “Sempre tive o sonho de ter uma. A espada significa força e luta. Me senti honrado”. No Brasil, em junho, o Comandante teve contato novamente com o Príncipe. | No Japão, o Comandante foi bastante homenageado. “Fui muito bem tratado por todos”. Ele teve contato com a Família Real, tanto com o Imperador, como com o Príncipe. Conheceu a Base de Defesa Aérea e recebeu, como presente do Comandante da Força daquele país, uma espada de samurai. “Sempre tive o sonho de ter uma. A espada significa força e luta. Me senti honrado”. No Brasil, em junho, o Comandante teve contato novamente com o Príncipe. | ||
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O nosso “[[samurai]]” destaca que este ano é inesquecível na consolidação da amizade entre os povos brasileiro e japonês. Ele, brasileiro filho de japoneses, vibra com esse reencontro entre o passado e o presente. Entre o sonho e a realidade. Entre a lágrima e o sorriso. Entre a esperança, a luta e a vitória. Pensou em quantas estrelas seus pais viram durante o caminho. Quanto de mar. Para seus pais, ficava sua terra e começava uma nova epopéia. Não mais em [[Aomori]], no norte do Japão. Província conhecida pelas maçãs e frutos do mar. | O nosso “[[samurai]]” destaca que este ano é inesquecível na consolidação da amizade entre os povos brasileiro e japonês. Ele, brasileiro filho de japoneses, vibra com esse reencontro entre o passado e o presente. Entre o sonho e a realidade. Entre a lágrima e o sorriso. Entre a esperança, a luta e a vitória. Pensou em quantas estrelas seus pais viram durante o caminho. Quanto de mar. Para seus pais, ficava sua terra e começava uma nova epopéia. Não mais em [[Aomori]], no norte do Japão. Província conhecida pelas maçãs e frutos do mar. | ||
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Recomeçava nos campos do interior paulista, depois na capital. “Eles ficaram porque o Brasil os recebeu bem. E como amaram esse país...”. Na entrevista em que o Comandante concedeu à Aerovisão, ele revela como o exemplo dos seus ancestrais se fez presente em toda a sua vida. Afinal, foram aqueles 52 dias no mar que abriram o rumo para suas milhares de horas nos céus. | Recomeçava nos campos do interior paulista, depois na capital. “Eles ficaram porque o Brasil os recebeu bem. E como amaram esse país...”. Na entrevista em que o Comandante concedeu à Aerovisão, ele revela como o exemplo dos seus ancestrais se fez presente em toda a sua vida. Afinal, foram aqueles 52 dias no mar que abriram o rumo para suas milhares de horas nos céus. | ||
Revisão de 18:19, 24 Outubro 2008
Juniti Saito, nascido em Pompéia, no dia 12 de dezembro de 1942, é um militar brasileiro, atual comandante da Aeronáutica.
Conteúdo |
Comandante, caçador e “samurai”
Pela primeira vez na história, a Força Aérea Brasileira tem à frente um nissei (brasileiro, filho de japoneses). Conhecer a história da origem desse oficial-general é compreender mais sobre a força, os ideais e os valores que os imigrantes que chegaram ao Brasil transmitiram aos seus filhos.
Reencontro como começo de história. Raízes como apego ao rumo. Tudo insondável, imaterial, de fôlego infinito e silêncio que diz. Para ele, as paisagens sempre passaram rápidas demais. Piloto de caça, a velocidade do avião fez com que o seu pensamento e o seu raciocínio também fossem, durante a vida, ligeiros. Por vezes supersônicos. Relembrar a vida também se faz assim. Num milésimo de segundo, fundem-se lembranças das fotos em preto e branco e a realidade iluminada. Porém, neste ano, ele viu uma história voltar devagar. Não de avião. Mas de navio. Os olhos puxados e o coração aberto para o passado, vivido em pleno presente. O Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, de 66 anos, hoje Comandante da Aeronáutica, viu, sorriu e se emocionou ao mirar uma cena que somente fazia parte da imaginação criada a partir da história que seus pais um dia contaram.
De alguma forma, era o reencontro com os pais. O pai e a mãe estavam ali. E quem de nós não vê neblinar os olhos ao ter de volta o pai e a mãe? Estava ali mais do que o tempo porque não se afasta, não se traduz, não há relógio. É só mesmo a lembrança do “ouvir”. Um navio partindo do Porto de Kobe em direção ao Brasil. Lágrimas. A angústia da despedida. A esperança de voltar. Rumo a um país do outro lado do mundo, de onde se tinha notícia que se poderia fazer riqueza em pouco tempo. Toshiko Tamaoki e Iwataro Saito, hoje já falecidos, fizeram, na década de 30, a viagem que mudaria para sempre suas vidas e o destino de sua família. Nunca mais voltariam a viver no Japão. Foram para a lavoura. “Meu pai era um homem do campo, mas minha mãe, não. Ela era estudante e teve que se adaptar à nova vida no Brasil com muitas dificuldades”, conta o Comandante da Aeronáutica. Chegaram a Pompéia, no interior de São Paulo, onde ele nasceu e a família cresceu. A história daquelas pessoas se fez mais longa do que aqueles 52 infinitos dias no mar.
O Comandante da Aeronáutica viu de frente toda a história de dificuldades e de luta do início da trajetória da família no Brasil porque, neste ano em que se comemora o centenário da imigração japonesa, uma série de cerimônias foram realizadas no Brasil e no Japão. Do outro lado do mundo, o Tenente-Brigadeiro Saito, convidado especial pelo Governo do Japão, visitou, em abril (2008), diversos lugares que o deixaram especialmente tocado. Ambientes como o Porto de Kobe, de onde seus pais saíram, ou Hiroshima, devastada durante a 2ª Guerra Mundial pela bomba atômica, deixaram o Comandante emocionado. Durante o maior conflito de todos os tempos, os pais dele já viviam no Brasil, mas a dor do acontecimento atravessou todos os mares.
Durante sua estada no Japão, ele visitou escolas onde “brasileirinhos”, de famílias que hoje (2008) moram naquele país, tentam aprender o difícil idioma. “Eu me identifiquei com aquelas crianças porque passei o mesmo que elas quando cheguei ao Brasil. Até os cinco anos de idade, só falava japonês dentro de casa. Tínhamos muita dificuldade com a língua portuguesa. O que me salvava na escola é que ia muito bem em matemática”, relembra.
No Japão, o Comandante foi bastante homenageado. “Fui muito bem tratado por todos”. Ele teve contato com a Família Real, tanto com o Imperador, como com o Príncipe. Conheceu a Base de Defesa Aérea e recebeu, como presente do Comandante da Força daquele país, uma espada de samurai. “Sempre tive o sonho de ter uma. A espada significa força e luta. Me senti honrado”. No Brasil, em junho, o Comandante teve contato novamente com o Príncipe.
O nosso “samurai” destaca que este ano é inesquecível na consolidação da amizade entre os povos brasileiro e japonês. Ele, brasileiro filho de japoneses, vibra com esse reencontro entre o passado e o presente. Entre o sonho e a realidade. Entre a lágrima e o sorriso. Entre a esperança, a luta e a vitória. Pensou em quantas estrelas seus pais viram durante o caminho. Quanto de mar. Para seus pais, ficava sua terra e começava uma nova epopéia. Não mais em Aomori, no norte do Japão. Província conhecida pelas maçãs e frutos do mar.
Recomeçava nos campos do interior paulista, depois na capital. “Eles ficaram porque o Brasil os recebeu bem. E como amaram esse país...”. Na entrevista em que o Comandante concedeu à Aerovisão, ele revela como o exemplo dos seus ancestrais se fez presente em toda a sua vida. Afinal, foram aqueles 52 dias no mar que abriram o rumo para suas milhares de horas nos céus.
Comandante da Aeronáutica
Dados Biográficos
Posto: Tenente-Brigadeiro-do-Ar
Data de Praça: 05 MAR 1960
Nome da Esposa: VERA REGINA SAITO
Filhos: ADRIANA, CARLOS GUSTAVO e JULIANA
Netos: - Ayana, Tiago, Sarah, Eric e Jéssica
Promoções
POSTO DATA ASPIRANTE 20 DEZ 1965
2º TENENTE 10 JUL 1966
1º TENENTE 23 OUT 1968
CAPITÃO 31 MAR 1971
MAJOR 30 ABR 1975
TENENTE-CORONEL 31 AGO 1981
CORONEL 31 AGO 1988
BRIGADEIRO-DO-AR 31 MAR 1995
MAJOR-BRIGADEIRO-DO-AR 31 JUL 1999
TENENTE-BRIGADEIRO-DO-AR 31 MAR 2003
Cursos Acadêmicos
Curso de Formação de Oficiais Aviadores Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais Curso Superior de Comando e Estado-Maior Curso de Preparação de Instrutor da ECEMAR Curso de Política e Estratégia Aeroespacial da ECEMAR
Cursos Operacionais Curso Operacional de Piloto de Caça Curso de Piloto Operacional em Transporte Aéreo
Principais Cargos
Todas as funções inerentes à unidade aérea de caça no 1°/14° Grupo de Aviação, em Canoas Chefe de Operações e Comandante do Segundo Esquadrão do Grupo de Transporte Especial Chefe de Operações do 3°/10° Grupo de Aviação, em Santa Maria Assessor Técnico e Instrutor de Vôo Junto à Força Aérea Paraguaia, em Assunção Instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica Comandante do 1°/14° Grupo de Aviação Comandante da Base Aérea de Canoas Adido Aeronáutico junto à Embaixada do Brasil na Inglaterra e acreditado junto aos Governos da Suécia e da Noruega Chefe do Estado-Maior do Comando-Geral do Ar Comandante do Comando Aéreo de Treinamento Comandante do Segundo Comando Aéreo Regional Comandante do Quinto Comando Aéreo Regional Comandante-Geral de Apoio Comandante-Geral de Operações Aéreas Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica
Experiência de Vôo Possui mais de 6.000 horas de vôo
Aeronaves Voadas TF-33, F-80, T-37, VU-93, C-91, C-95, AT-26, F-5 (TIGER II) e F-103 (MIRAGE III)
Condecorações
Ordem do Mérito Aeronáutico, Grau de "Grã-Cruz" Ordem do Mérito Naval, Grau de "Grande Oficial" Ordem do Mérito Militar, Grau de "Grande Oficial " Ordem do Mérito Forças Armadas - Grau de "Comendador" Ordem do Mérito da Defesa, Grau de "Grande Oficial" Ordem do Mérito Judiciário Militar - Alta Distinção Medalha Militar de Ouro com Passador de Platina Medalha Mérito Farroupilha - concedida pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul Medalha Mérito Negrinho do Pastoreiro - concedida Pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul Medalha da Inconfidência - Grande Medalha - concedida pelo Governo do Estado de Minas Gerais Medalha Alferes Joaquim José da Silva Xavier "Tiradentes" - concedida pela Polícia Militar do Distrito Federal
Predefinição:Ligações externas
Imagens do Comandante: