Ordem Monástica da Escola Soto Shu

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“'''Rôshi'''“ '''(老師)''' e “'''Dai-oshô'''” '''(大和尚)''' são títulos reservados aos Monges Titulares que tenham demonstrado, por sua prática e empenho, o merecimento. Na tradição Soto, é preciso que haja a recomendação de outro monge titular para que seja oficialmente reconhecido como digno de ser assim chamado. Nota: Na tradição '''Rinzai''', quando o Monge recebe “'''Inka'''” (a conclusão do estudo sistemático de koans e a aprovação como professor do Darma), passa a ser chamado de “'''Rôshi'''“. “'''Rôshi'''“ '''(老師)''' e “'''Dai-oshô'''” '''(大和尚)''' são títulos reservados aos Monges Titulares que tenham demonstrado, por sua prática e empenho, o merecimento. Na tradição Soto, é preciso que haja a recomendação de outro monge titular para que seja oficialmente reconhecido como digno de ser assim chamado. Nota: Na tradição '''Rinzai''', quando o Monge recebe “'''Inka'''” (a conclusão do estudo sistemático de koans e a aprovação como professor do Darma), passa a ser chamado de “'''Rôshi'''“.
-Nota: Na categoria de Membros Leigos podem ser feitas inclusões e/ou alterações, conforme as necessidades da Sanga. Na ordem de treinamento monástico não pode haver alterações, exceto as orientadas pela sede da Soto Shu no Japão.+Nota: Na categoria de Membros Leigos podem ser feitas inclusões e/ou alterações, conforme as necessidades da Sanga. Na ordem de treinamento monástico não pode haver alterações, exceto as orientadas pela sede da Soto Shu no [[Japão]].

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A Ordem Monástica da Escola Soto Shu

A Ordem Monástica da Escola Sôtô Shû e Sua Adaptação na Comunidade Zen Budista Zendo Brasil

Ordem Monástica da Escola Soto Shu.
Ordem Monástica da Escola Soto Shu.


Como misionária oficial (Jap. fukyoshi 布教使), a Monja Coen, e, assim, a Comunidade Zendo Brasil, seguem a estrutura oficial da Escola Soto Shu do Japão para os estágios da formação de monges e monjas (Ordem Monástica). Para a estrutura dos estágios da prática leiga, a Comunidade segue uma adaptação de critérios adotados por vários centros de prática nos Estados Unidos, onde os praticantes, leigos e leigas, que receberam os Preceitos são tão importantes quanto os monges e monjas, podendo se tornar Professores (as) do Darma.

Leigos e Leigas (Jap. Zaike 在家)

Simpatizante: pessoa que freqüenta ou não a comunidade e se interessa pelo zen budismo.

Praticante: pessoa que pratica seguindo as orientações da comunidade.

Membro Praticante: pessoa que passou pela cerimônia de novos membros, mantém uma prática regular e contínua e faz uma doação mensal mínima fixada pela comunidade. Pode votar nas assembléias gerais e assumir cargos voluntários auxiliares na comunidade.

Membro Monitor Auxiliar: pessoa que fez o Curso de Preceitos, recebeu os Preceitos, em cerimônia de ‘Jukai‘ 受戒 (freqüentemente chamada também de ‘zaike tokudo’), e mantém uma prática regular e contínua. Pode ajudar no Monitoramento das práticas. Pode votar e ser votada nas assembléias gerais. É um díscipulo leigo de Buda – ubai 優婆夷 (fem.) e ubasoku 優婆塞 (masc.) (sanscrito: upaasikaa e upaasaka).

Nota: A Cerimônia de Preceitos não é uma ordenação – assim sendo procuramos evitar o termo “leigo ordenado”, apesar do fato deste termo ter caído no uso comum no Ocidente. Os kanjis que formam o termo “zaike” significam “ficar no lar” e os kanjis para “tokudo” significam literalmente “obter a travessia”, ou “entrar no caminho para a outra margem”. Corresponde aproximadamente à confirmação católica ou o batismo protestante, sendo uma profissão formal e pública do voto de seguir o Caminho de Buda na sua vida. Não possui qualquer significado de “colação de grau” ou de algum tipo de “formatura”, nem confere qualquer tipo de “autorização” especial. O termo “monge leigo” definitivamente não existe, por ser uma contradicção de termos.

No Japão, não é feito qualquer registro da transmissão dos preceitos para leigos na sede da escola, e, freqüentemente, nem no templo local.

Membro Monitor: pessoa que praticou como Monitor Auxiliar e foi aprovada como Monitor.

Monitor Instrutor: pessoa que tendo passado por todas as fases anteriores, recebe autorização para tal, atuando sob a supervisão e direção da comunidade e da Primaz Fundadora.

Ordem Monástica:

Postulante: pessoa que assumiu o compromisso de se tornar monge, fez o curso de Preceitos, recebeu os Preceitos e mantém prática diária na comunidade, seguindo as orientações diretas da superiora e de seus auxiliares.

Noviço(a) (Jap. Jôza 上座): pessoa que, tendo passado por todas fases anteriores, recebe a ordenação monástica “shukke tokudo” 出家得度. Isto significa um comprometimento a se dedicar integralmente ao Darma, praticando sob a orientação da Primaz Fundadora e de outros monges ordenados anteriormente (“sempai“). O noviço(a) ainda não é considerado “monge” ou “monja” formado e deve ser chamado de “Noviço(a)”. Essa ordenação deve ser registrada na sede administrativa da escola Soto Zen no Japão, e é uma ordenação “provisória”, válida por dez anos desde o dia da Ordenação, durante qual período o noviço deverá completar o seu treinamento monástico obrigatório, que varia de dois a oito anos de internamento em um mosteiro reconhecido pela sede administrativa. Também é necessária a prática em uma comunidade (Sanga), orientada por um monge professor do Darma oficialmente reconhecido pela sede no Japão (Monge Especial), para qualificar a sua graduação. Nessa fase de treinamento, não pode oficiar cerimônias como as de Transmissão dos Preceitos Budistas para Leigos, Ordenação Monástica, Casamento, Funerais e outras.

Nota: no Brasil e em outros países de maioria não Budista, alguns noviços e noviças autorizados a auxiliar nas cerimônias podem, na ausência absoluta de um monge ou monja formado para oficiar tais cerimônias, substituir estas cerimônias com uma benção.

Observa-se que o termo “shukke tokudo” (出家得度) significa “deixar o lar e obter a travessia para a outra margem”. Enquanto que esta cerimônia é uma ordenação no sentido de significar a entrada numa ordem monástica, não é uma ordenação no sentido usual da palavra no ocidente no qual a pessoa é formalmente reconhecido como autorizada a ensinar a religião ou oficiar cerimônias e cuidar de um templo, conforme o uso desta palavra no cristianismo. Corresponde aproximadamente à consagração de um noviço na tradição cristã, iniciando o seu treinamento formal ou o ingresso num seminário e início dos estudos. É um estudante.

Shuso (首座): líder dos noviços durante um período mínimo de três meses (um angô), no qual fica tempo integral na comunidade. Passa pela Cerimônia de Combate do Darma (Jap. Shuso Hôssenshiki), que representa a re-confirmação de seus votos. Corresponde aproximadamente à conclusão dos estudos de seminário na tradição católica.

Monge-Aprendiz (Jap. Zagen 座元): pessoa que terminou o período de Shuso, e continua o seu treinamento sob a orientação de monges superiores. O registo de monge na sede da escola Soto Zen se torna definitivo. Pode, sob a orientação de seus professores, oficiar cerimônias básicas, liderar ou orientar certas atividades da prática e atuar como um “sempai“, auxiliando no treinamento de noviços. Na ausência de um monge formado, pode atuar em algumas das funções de monge, se for assim autorizado. Corresponde aproximadamente à posição de deácono na tradição católica.

Monge (Jap. Oshô 和尚 / Rikishô): pessoa que, tendo passado por todas a fases anteriores, recebe a Transmissão de Darma (Jap. Shihô 詞法). Representa a entrada no nível inicial da carreira oficial de professores do Darma. Só então pode ensinar o Darma, oficiar cerimônias de transmissão dos Preceitos Budistas para leigos, ordenações monásticas, casamentos, benções em geral, enterros, e outras cerimônias religiosas.

Monge Especial (Jap. Tokusô): pessoa que, tendo passado pelos níveis acima, faz três anos de treinamento específico, comparável ao Mestrado, que o autoriza a se tornar Professor de Mosteiro (Professor de Monges e Leigos). Pode, eventualmente, se tornar abade de um mosteiro.

Existem vários estágios da carreira monástica. Os primeiros degraus podem ser comparados com a carreira acadêmica aproximadamente da seguinte forma: Monge Assistente (Professor de Nível 3) Monge Adjunto (Professor de Nível 2) Monge Titular Auxiliar (Professor de Nível 1) Monge Titular (Professor Correto) – geralmente é um Monge Especial

A partir daí, há vários outros estágios, dependendo da prática, dos cursos, e da atuação na Sanga. O título máximo, de Mestre Zen (Jap. Zenji), é reservado exclusivamente aos Abades Superiores dos mosteiros sede no Japão (Eihei-ji e Soji-ji).

Monge” ou “Monja” são exclusivamente pessoas que estão atualmente passando pela fase de treinamento de Monge Aprendiz ou já completaram esta fase e receberam Transmissão do Darma.

Sensei” (先生) é um título exclusivo aos Monges que receberam Transmissão de Darma.

Rôshi(老師) e “Dai-oshô(大和尚) são títulos reservados aos Monges Titulares que tenham demonstrado, por sua prática e empenho, o merecimento. Na tradição Soto, é preciso que haja a recomendação de outro monge titular para que seja oficialmente reconhecido como digno de ser assim chamado. Nota: Na tradição Rinzai, quando o Monge recebe “Inka” (a conclusão do estudo sistemático de koans e a aprovação como professor do Darma), passa a ser chamado de “Rôshi“.

Nota: Na categoria de Membros Leigos podem ser feitas inclusões e/ou alterações, conforme as necessidades da Sanga. Na ordem de treinamento monástico não pode haver alterações, exceto as orientadas pela sede da Soto Shu no Japão.



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