Noriyuki Tatezawa
De Nikkeypedia
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Revisão de 13:49, 8 Janeiro 2008
Nasceu em Morioka-shi ( antiga Oota-Mura – Inariba) na província de Iwate, em 17/02/1934, filho de Shiguejiro e Massa Tatezawa.
Teve 5 irmãs, sendo três mais velhas Noriko Ueno, Sumiko Isakozawa e Sachiko Kokubun e 2 mais novas Katsuko Takahashi e Kikuko Mizuno.
Um irmão mais velho o Hirokuni que era o tchonan e Kooji que por “engumi” ( adoção por casamento) se tornou Takahashi.
Casou-se com Etsuko com quem teve 2 filhos: Kazumune que casou com Makiko e tem um filho Kassumi e uma filha Yuri, e recentemente o Toshinori casou-se com Yuko e mora em New Jersey nos USA.
Ficando viúvo em 1986, ao conversar com o senhor Taro Hayashi um empresário bem sucedido com mais de 1.000 empregados, além de recomendar conversar com o sr. Shinsaku Hoogen que foi diretor da Jica aqui no Brasil e Ren Ussami que era v ice presidente do CAMPO uma instituição binacional Brasil e Japão que cuidava do desenvolvimento do cerrado em Minas Gerais, se dispôs a pagar Y 800.000,00 o equivalente a passagem de ida para o Brasil.
Empurrado por estas circunstâncias veio parar no Brasil. O sr. Taro acreditava que eu deveria explorar pedras preciosas, sendoi o líder dos mineradores, e a sua esposa recomendava cautela.
Foi até a redação do Nippak Shimbun e conseguiu com o então editor chefe Yukichi Iono o endereço e o telefone do sr. Kanji Sambuichi, um dos homenageados em 2006 com o Premio Kiyoshi Yamamoto, de Taguatinga em Brasília, que na época tinha sido citado num pequeno artigo.
Chegando lá foi muito bem recebido tanto que passou mais de dois dias e conversou muito e soube que estavam começando a cultivar shiitake inoculando sementes em paus de eucalipto.
Do resultado da prospecção voltou ao Japão com a idéia de estudar a possibilidade de disseminar o cultivo de shiitake no Brasil, uma vez que no Japão a região onde nasceu é uma região cultivadora do produto.
Encontrou com professor Makoto Ogawa da Universidade de Tokyo que não acreditava na possibilidade de colher shiitake em país com clima quente como o Brasile principalmente com inoculação em paus de eucalipto, ficou muito admirado com as fotos que na época tinha levado do Brasil.
Um dos assistentes do professor, o professor Seiju Oomori foi muito prestativo, forneceu não só as informações mas também forneceu sementes, que eram proibidas de serem exportados, escolheu as que ele acreditava que se adaptariam melhor no Brasil, e recomendou que não declarasse o conteúdo da bagagem.
Antes de vir ao Brasil casou-se com Keiko Tatezawa com quem veio junto e conseguiram o visto de permanência em 1989.
Já no Brasil encontrou entre os colegas formados na Faculdade de Iwate o sr. Kunio Suzuki que estava com vontade de multiplicar sementes de shiitake.
Existia uma entidade APAN – Associação de Produtores de Agricultura Natural e através dela promoveu cursos de cultivo de shiitake, a pedidos deu cursos em Bastos, Colônia Ramos de Santa Catarina, Nova Friburgo de Rio de Janeiro onde encontrou o sr Toshiharu Matsuoka que foi colega de primário na Província de Saetama do irmão da falecida esposa.
Em uma cidade do estado de São Paulo o prefeito da época sr. Yamaguchi contou que o seu pai Gunji tinha sido colega de primário do pai do sr. Tatezawa.
Na Universidade jogou muito rugby, esporte pouco conhecido no Brasil.
O golf e majon abriram muitas portas por ter criado facilidades para novos contatos.
Não consegui aprender a falar o português porque com muita facilidade sempre tive tradutores competentes.
Porém hoje posso ficar muito orgulhoso de ter muitos amigos nikkeys ou seja descendentes nisseis ou sanseis espalhados por todo este amplo Brasil.
O que levou a escolher o caminho do shiitake era o pensamento de que teria de dar alguma coisa como agradecimento (kansha no kimochi) em troca da recepção tão amistosa por este país para alguém que já tinha passado dos 50 anos.
Assim ajudar a iniciar uma atividade não existente no Brasil, foi difícil mas muito prazeiroso e hoje fico contente por poder sentir que a difusão do produto na cozinha brasileira está a pleno vapor.
Se foi bom ter vindo ao Brasil ou não proivavelmente saberemos no dia anterior a morte, m as o que posso me considerar sortudo é que num país que é conhecido pela sua violência nunca fomos incomodados ou admoestados, Obrigado Brasil.
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