Kazuo Ohno
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Revisão de 12:26, 16 Novembro 2010
Kazuo Ohno é a história viva do butoh, um dos estilos de arte mais controversos do Japão, que influenciou artistas do mundo todo. Não é por acaso que seu centenário, completado em outubro passado, rende comemorações com inúmeras exposições, workshops e apresentações ao redor do planeta. O butoh foi apresentado primeira vez no Brasil graças a ele em 1986.
Extremamente gráficas, as coreografias do butoh não poupam os expectadores de sensações impactantes com seus movimentos de dança e teatro. Tais características foram herdadas do pano de fundo da Segunda Guerra Mundial - em que Ohno foi combatente.
Não à toa, o estilo nasceu com o nome de Ankoku Butoh, ou dança da escuridão profunda, através de suas mãos e das de Tatsumi Hijikata. O butoh foi mostrado ao público pela primeira vez em 1959, com o espetáculo Kinjiki, ou cores proibidas que tocava o polêmico tema da homossexualidade. Desde o princípio, o estilo começou chocando os valores tradicionais da época pelo seu jeito de abordar temas como violência, amor, sexo, vida e morte.
Até os dias de hoje, o butoh encontra resistência no Japão, a ponto de nem constar nos calendários como uma arte típica daquele país. Quem sabe a falta de reconhecimento no arquipélago comece a cair com o centenário de Ohno. Pelo menos, um grande evento comemorativo está programado em Kanagawa.
É o festival Hundred Flower’s Blossoms, que será realizado nos próximos dias 27 e 28 de janeiro. Ao todo, 20 bailarinos de renome internacional, entre os quais figura o dançarino brasileiro Ismael Ivo, contarão a história do ícone do butoh através de apresentacões de dança. Espera-se que o próprio Ohno compareça ao evento, caso esteja bem de saúde.