Shinzō Abe

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'''Shinzō Abe''', em [[língua japonesa|japonês]] 安倍 晋三, ([[Nagato]], [[21 de setembro]] de [[1954]]) é um [[político]] [[japão|japonês]]. '''Shinzō Abe''', em [[língua japonesa|japonês]] 安倍 晋三, ([[Nagato]], [[21 de setembro]] de [[1954]]) é um [[político]] [[japão|japonês]].
== Biografia == == Biografia ==
=== Carreira === === Carreira ===
-Shinzō Abe estudou [[Ciência Política]] na Universidade de Seikei graduando-se em [[1977]]. Ingressou na carreira política em [[1982]], seguindo os passos de seu pai Shintaro Abe e avô Kan Abe. Abe foi eleito pela província de [[Yamaguchi]] em [[1993]].+'''Shinzō Abe''' estudou [[Ciência Política]] na '''Universidade de Seikei''' graduando-se em [[1977]]. Ingressou na carreira política em [[1982]], seguindo os passos de seu pai '''Shintaro Abe''' e avô '''Kan Abe'''. '''Abe''' foi eleito pela província de [[Yamaguchi]] em [[1993]].
-Porta-voz e ministro-chefe do gabinete de [[Junichiro Koizumi]], Abe derrotou Sadakazu Tanigaki e Taro Aso na disputa pela presidência do do [[Partido Liberal Democrata (Japão)|Partido Liberal Democrata]], em [[20 de setembro]] de [[2006]], o que lhe garantiu a indicação para o cargo de [[Lista de primeiros-ministros do Japão|primeiro-ministro]] ao fim do mandato de Koizumi.<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/09/060920_japao_premie_dg.shtml Partido do governo japonês indica sucessor de Koizumi - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006]</ref> Seis dias depois, Abe foi eleito premiê do Japão<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/09/060926_koizumi_ac.shtml Shinzo Abe é eleito primeiro-ministro do Japão - BBC Brasil, 26 de setembro de 2006]</ref>, com 339 dos 446 votos na Câmara Baixa e 136 dos 240 na Câmara Alta, além de contar com um apoio popular de quase 70%, mas era considerado por analistas como um político inexperiente.<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/09/060920_shinzo_perfil_dg.shtml Sucessor de Koizumi é líder popular, mas inexperiente - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006]</ref><ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/09/060920_caioblinderjapaoml.shtml Novo dirigente japonês é um samurai de ambigüidade - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006]</ref> Aos 52 anos, ele seria o mais jovem ocupante do cargo desde a [[Segunda Guerra Mundial]].<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u100366.shtml Shinzo Abe é o mais jovem premiê do Japão desde 1945 - Folha Online, 26 de setembro de 2006]</ref>+Porta-voz e ministro-chefe do gabinete de [[Junichiro Koizumi]], '''Abe''' derrotou [[Sadakazu Tanigaki]] e [[Taro Aso]] na disputa pela presidência do do [[Partido Liberal Democrata ([[Japão]])|Partido Liberal Democrata]], em [[20 de setembro]] de [[2006]], o que lhe garantiu a indicação para o cargo de [[Lista de primeiros-ministros do Japão|primeiro-ministro]] ao fim do mandato de Koizumi.*[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/09/060920_japao_premie_dg.shtml Partido do governo japonês indica sucessor de Koizumi - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006]</ref> Seis dias depois, Abe foi eleito premiê do Japão<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/09/060926_koizumi_ac.shtml Shinzo Abe é eleito primeiro-ministro do Japão - BBC Brasil, 26 de setembro de 2006]</ref>, com 339 dos 446 votos na Câmara Baixa e 136 dos 240 na Câmara Alta, além de contar com um apoio popular de quase 70%, mas era considerado por analistas como um político inexperiente.[*http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/09/060920_shinzo_perfil_dg.shtml Sucessor de Koizumi é líder popular, mas inexperiente - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006]</ref><ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/09/060920_caioblinderjapaoml.shtml Novo dirigente japonês é um samurai de ambigüidade - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006]</ref> Aos 52 anos, ele seria o mais jovem ocupante do cargo desde a [[Segunda Guerra Mundial]].<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u100366.shtml Shinzo Abe é o mais jovem premiê do Japão desde 1945 - Folha Online, 26 de setembro de 2006]</ref>
-Político de perfil [[conservador]], Shinzō Abe tinha como principal objetivo conduzir uma reforma constitucional. Outro desafio do novo premiê no cargo era restabeler relações com a [[China]] e a [[Coréia do Sul]], prejudicadas pelas visitas do antecessor Koizumi ao [[Santuário Yasukuni]], em [[Tóquio]], que homenageia mortos da Segunda Guerra Mundial.<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/08/060815_koizumiaw.shtml Visita de Koizumi a santuário de guerra causa revolta - BBC Brasil, 15 de agosto de 2006]</ref>.+Político de perfil [[conservador]], '''Shinzō Abe''' tinha como principal objetivo conduzir uma reforma constitucional. Outro desafio do novo premiê no cargo era restabeler relações com a [[China]] e a [[Coréia do Sul]], prejudicadas pelas visitas do antecessor Koizumi ao [[Santuário Yasukuni]], em [[Tóquio]], que homenageia mortos da Segunda Guerra Mundial.<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/08/060815_koizumiaw.shtml Visita de Koizumi a santuário de guerra causa revolta - BBC Brasil, 15 de agosto de 2006]</ref>.
=== Governo Abe === === Governo Abe ===

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Shinzō Abe, em japonês 安倍 晋三, (Nagato, 21 de setembro de 1954) é um político japonês.

Conteúdo

Biografia

Carreira

Shinzō Abe estudou Ciência Política na Universidade de Seikei graduando-se em 1977. Ingressou na carreira política em 1982, seguindo os passos de seu pai Shintaro Abe e avô Kan Abe. Abe foi eleito pela província de Yamaguchi em 1993.

Porta-voz e ministro-chefe do gabinete de Junichiro Koizumi, Abe derrotou Sadakazu Tanigaki e Taro Aso na disputa pela presidência do do [[Partido Liberal Democrata (Japão)|Partido Liberal Democrata]], em 20 de setembro de 2006, o que lhe garantiu a indicação para o cargo de primeiro-ministro ao fim do mandato de Koizumi.*Partido do governo japonês indica sucessor de Koizumi - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006</ref> Seis dias depois, Abe foi eleito premiê do Japão<ref>Shinzo Abe é eleito primeiro-ministro do Japão - BBC Brasil, 26 de setembro de 2006</ref>, com 339 dos 446 votos na Câmara Baixa e 136 dos 240 na Câmara Alta, além de contar com um apoio popular de quase 70%, mas era considerado por analistas como um político inexperiente.[*http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/09/060920_shinzo_perfil_dg.shtml Sucessor de Koizumi é líder popular, mas inexperiente - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006]</ref><ref>Novo dirigente japonês é um samurai de ambigüidade - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006</ref> Aos 52 anos, ele seria o mais jovem ocupante do cargo desde a Segunda Guerra Mundial.<ref>Shinzo Abe é o mais jovem premiê do Japão desde 1945 - Folha Online, 26 de setembro de 2006</ref>

Político de perfil conservador, Shinzō Abe tinha como principal objetivo conduzir uma reforma constitucional. Outro desafio do novo premiê no cargo era restabeler relações com a China e a Coréia do Sul, prejudicadas pelas visitas do antecessor Koizumi ao Santuário Yasukuni, em Tóquio, que homenageia mortos da Segunda Guerra Mundial.<ref>Visita de Koizumi a santuário de guerra causa revolta - BBC Brasil, 15 de agosto de 2006</ref>.

Governo Abe

Em outubro de 2006, Shinzō Abe visitou a China, sua primeira viagem ao exterior como primeiro-ministro e que foi considerada histórica para as relações entre os dois países, e a Coréia do Sul.<ref>Premiê japonês visita China e Coréia do Sul nos próximos dias - Folha Online, 06 de outubro de 2006</ref>

Mas seu mandato foi marcado por uma série de escândalos de corrupção política e gafes de seus subordinados. Ainda em dezembro daquele ano, Genichiro Sata, vice-ministro de Reforma Administrativa, renunciou devido a envolvimento em um caso de fraude.<ref>Vice-ministro japonês apresenta renúncia por fraude contábil - Folha Online, 27 de dezembro de 2007</ref>

Em janeiro de 2007, Abe teve de ouvir do seu ministro da Defesa, Fumio Kyuma, que o presidente dos Estados Unidos George W. Bush - principal aliado internacional de premiê japonês - tinha se equivocado na Guerra do Iraque.<ref>Ministro da Defesa japonês diz que Bush errou ao iniciar guerra - UOL, 24 de janeiro de 2007</ref> No mesmo mês, o primeiro-ministro teve de repreender o seu ministro da Saúde, Hakuo Yanagisawa, que havia declarado que as mulheres são "máquinas de ter filhos".<ref>Abe repreende ministro que chamou mulheres de ‘máquinas’ - O Estado de São Paulo, 30 de janeiro</ref>.

Ao completar seis meses no cargo, a popularidade de Abe caiu para 35%.<ref>Shinzo Abe completa seis meses no Governo japonês, com baixa popularidade - UOL, 26 de março de 2007</ref>

Após a polêmica defesa ao exército japonês, acusado de recrutar mulheres estrangeiras como escravas sexuais durante a Segunda Guerra Mundial,<ref>Japão não pedirá desculpas por bordéis da Segunda Guerra' - BBC Brasil, 05 de março de 2007</ref> Abe teve de voltar atrás e pedir desculpas.<ref>Premiê japonês pede desculpas por escravas sexuais na 2ª Guerra Folha Online, 26 de março de 2007</ref> O pedido veio em tempo da visita ao Japão de Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, em abril, que foi considerado um gesto de reaproximação entre os dois países.<ref>Primeiro-ministro chinês defende "degelo" nas relações do país com o Japão - UOL, 12 de abril de 2007</ref>. No mesmo mês, Abe admitiu durante ma entrevista à revista "Newsweek" a responsabilidade do Japão no caso das escravas sexuais.

No fim de abril e início de maio, pela primeira vez como chefe de governo japonês, Abe visitou os Estados Unidos<ref>Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, viaja pela primeira vez aos EUA - Folha Online, 26 de abril de 2007</ref> e as tropas japonesas no Kuait.

Também em maio, Abe envolveu-se em uma nova controvérsia com a China e a Coréia do Sul, ao despachar uma oferenda floral ao Templo de Yasukuni.<ref>Shinzo Abe envia oferenda a santuário de criminosos de guerra</ref> E no campo doméstico, Toshikatsu Matsuoka, ministro da Agricultura demissionário e acusado de envolvimento com a cobrança de comissões de empresas construtoras, cometeu suicídio.<ref>Ministro acusado de corrupção 'se suicida' no Japão - BBC Brasil, 28 de maio de 2007</ref>

Outro ministro de Estado a renunciar ao cargo foi o ministro da Defesa Fumio Kyuma, devido a polêmica causada por suas declarações, nas quais considerou "inevitáveis" as bombas atômicas lançadas pelos norte-americanos em Hiroshima e Nagasaki no fim da Segunda Guerra Mundial.<ref>Gafe leva ministro da Defesa do Japão a renunciar - BBC Brasil, 03 de julho de 2007</ref>

Estes casos culminaram com a derrota do PLD nas eleições para o Senado japonês, perdendo para a oposição a maioria na casa.<ref>Eleição para o Senado confirma derrota histórica do premier japonês Shinzo Abe - UOL, 29 de julho de 2007</ref> Políticos oposicionistas e alguns correligionários pediram a runúncia de Abe,<ref>Membros do partido do premiê japonês pedem sua renúncia - Folha Online, 07 de agosto de 2007</ref> mas o primeiro-ministro recusou-se a entregar o cargo.<ref>Após derrota, premiê japonês diz que fica no cargo - BBC Brasil, 30 de julho de 2007</ref> No final desse mês, a Câmara dos Representantes norte-americana aprovou uma resolução recomendando que o Japão pedisse oficialmente desculpas reconheça pela prática de escravidão sexual durante a Segunda Guerra Mundial, que causou irritação em Abe.<ref>Premiê japonês se opõe à exigências de desculpas por escravidão sexual - IG, 01 de agosto de 2007</ref>

Em agosto, o premiê japonês exonerou o ministro de Agricultura Norihiko Akagi, por envolvimento em escândalo de corrupção.<ref>BBC Brasil, 01 de agosto de 2007</ref> Em resposta à queda de popularidade do seu governo e à derrota eleitoral sofrida por seu partido no mês anterior, Abe fez uma reformulação no gabinete ministerial.<ref>Após derrota, primeiro-ministro japonês remodela governo - Folha Online, 26 de agosto de 2007</ref>

Em setembro, uma semana após a reforma ministerial, o ministro da Agricultura Tokohiko Endo renunciou ao seu cargo, acusado de corrupção<ref>Ministro da Agricultura japonês renuncia uma semana após nomeação - Folha Online, 02 de setembro de 2007</ref>. Enfraquecido, Abe anunciou que renunciaria caso não conseguisse prorrogar a Lei Especial de Medidas Antiterroristas, que expiraria em 1º de novembro de 2007, que entre outras coisas é responsável pela missão japonesa no Afeganistão.<ref>Shinzo Abe promete renunciar caso missão japonesa no Afeganistão não seja ampliada até novembro - O Estado de São Paulo, 09 de setembro de 2007</ref> Em 12 de setembro de 2007, Abe anunciou sua renuncia ao cargo, por não contar com apoio da população e não conseguir estender a Lei Antiterrorista.<ref>Primeiro-ministro japonês anuncia renúncia - BBC Brasil, 12 de setembro de 2007</ref>

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