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A cidade de '''Nagoya''' (名古屋市) é a capital da província de [[Aichi]], a quarta cidade mais populosa do [[Japão]], com 2 198 633 habitantes em [[2004]]. Situada entre [[Tóquio]] e [[Quioto]], é o centro econômico da região central do Japão juntamente com a cidade de [[Toyota (Aichi)|Toyota]]. Tem um porto marítimo.
|nomept      = Hiroshima
|nomejp      = 広島市
|transcrição = -shi
|província   = Hiroshima
|datageo    = 2003
|população  = 1 136 684
|densidade  = 1 532,44
|área        = 741,75
|estatuto    = [[1589]]
|link        = http://www.city.hiroshima.jp/
|extra      =


==História==
}}
Recebeu o estatuto de cidade a [[1 de Outubro]] de [[1889]], e foi designada a [[1 de Setembro]] de [[1956]] por [[cidade designada por mandato governamental|mandato governamental]].
'''Hiroshima''' (広島市 ''-shi'') é uma [[Lista de cidades do Japão|cidade japonesa]] localizada na [[Subdivisões do Japão|província]] de [[Hiroshima]]. Fica no rio Ota (Ota-gawa), cujos seis canais dividem a cidade em ilhas. Cresceu em torno de um castelo feudal do século XVI. Serviu de quartel-general durante a guerra sino-japonesa (1894-95). Em 6 de agosto de 1945 foi a primeira cidade do mundo arrasada por uma bomba atômica: 75 mil pessoas foram mortas ou feridas..


==Pontos Turísticos==
Em 2003, a cidade tinha uma [[população]] estimada em 1 136 684 habitantes e uma [[densidade populacional]] de 1 532,44 h/[[quilómetro quadrado|km²]]. Tem uma área total de 741,75 km².


Entre os pontos turísticos mais procurados de Nagoya está o [[Castelo de Nagoya]] (fortaleza [[shogun]]) (名古屋城, Nagoya-jō) e o  [[Santuário de Atsuta|Santuário xintoísta de Atsuta]] (熱田神宮, Atsuta Jingū).  
Recebeu o estatuto de cidade a [[1589]].
[[Image:Hiroshima 1999 01.jpg|thumb|right|330px|Centro de Hiroshima ([[1999]])]]
O primeiro ataque atômico da história fez com que a cidade de Hiroshima ficasse mundialmente conhecida. A cidade foi arrasada em [[6 de agosto]] de [[1945]] pela primeira [[bomba atômica]], lançada pelos [[Estados Unidos da América|Estados Unidos]].


O Castelo (''Nagoya jō'') foi construído em [[1612]]. E durante a Segunda Guerra ele foi totalmente destruido somente restando a sua base de pedra, entretanto o monumento foi reconstruído segundo os planos originais, em [[1959]]. ''Nagoya-jō''  é também famoso pelos seus dois opulentos ''Kin no Shachi'' (金の鯱, Caçadores de baleias dourados) no telhado, que são frequentemente utilizados como símbolo da cidade..
==A escolha==


''Atsuta jingū'' é considerado o segundo santuário japonês mais venerado. Possui vários tesouros nacionais japoneses, dos quais o mais importante é, sem dúvida, uma espada sagrada chamada  'kusanagi no mitsurugi' (草薙神剣 ou “a espada sagrada de Kusanagi) – uma das três [[insígnias imperiais do Japão]]. Durante o ano decorrem cerca de 70 festividades diferentes, atraindo muitos visitantes ao santuário. Os outros tesouros nacionais aí guardados ascendem a mais de 4 400, representando dois milénios de história.
O alvo inicialmente seria Kyoto ou (Quioto), ex-capital e centro religioso do Japão, mas Henry Stimson, secretário da Guerra norte-americano, preferiu a cidade de Hiroshima, escolhida para o ataque porque fica no centro de um vale, o que pode aumentar o impacto da explosão nuclear, já que as montanhas ao redor prenderiam na região as intensas ondas de calor, a radiação ultravioleta e os raios térmicos produzidos no ataque.
Definidos os detalhes da missão, o [[bombardeiro]] [[Boeing B-29 Superfortress|B-29]], "[[Enola Gay]]" (batizado com o nome da mãe do piloto), comandado pelo piloto Paul Tibbets, decolou da pequena ilha Tinian para um vôo de 2.735 km. Logo depois, levantaram vôo outros dois B-29 que tinham a missão de medir e fotografar a missão.
O Enola Gay, levava em sua carga fatídica o artefato chamado pelos americanos de "[[Little Boy]]"(Que em Ingles significa:'garotinho'), sua carcaça tinha 3,2 m, de comprimento e 74 cm de diâmetro, pesando 4.300 kg, e potência equivalente a 12,5 kt de TNT.


Hoje, um dos pontos turísticos de Nagoya é o ''PokéPark'', um parque de diversões totalmente tematizado com a série [[Pokémon]].
==O horror==
[[Image:Atomic cloud over Hiroshima from B-29.jpg|thumb|left|250px|Cogumelo atômico]]
No 33° dia após o aniversário dos U.S.A  e às 08:15, do dia 06 de Agosto, o Enola Gay lançou a primeira bomba A programada para detonar a 576 m  acima da cidade japonesa onde viviam milhares de pessoas, e após um silencioso clarão, ergueu-se um cogumelo de devastação de 9.000 m de altura provocando ventos de 640 a 970 km/h e espalhando material radioativo numa espessa nuvem de poeira. A explosão provocou um calor de cerca de 5,5 milhões de graus centígrados, similar às temperaturas proximas ao limbo do [[Sol]].
Hiroshima tinha na época cerca de 330 mil habitantes, e era uma das maiores cidades do Japão, o bombardeio matou cerca de 130 mil pessoas e feriu outras 80 mil, a bomba lançada é até hoje a arma que mais mortes provocou em pouco tempo, 221.893 mortos é o total das vítimas da bomba reconhecidas oficialmente.
A bomba também afetou seriamente a saúde de milhares de sobreviventes. A grande maioria das vítimas era formada pela população civil, que nada tinha a ver com a guerra ou que a simples curiosidade as levassem até o local.
Prédios sumiram com a vegetação, transformando a cidade num deserto. Num raio de 2 km, a partir do centro da explosão, a destruição foi total. Milhares de pessoas foram desintegradas e, em função da falta de cadáver, as mortes jamais foram confirmadas.


==Bairros==
==A lição que ficou==
Nagoya tem 16 [[Bairros do Japão|bairros]] (''ku''):
* [[Atsuta-ku]]
* [[Chikusa-ku]]
* [[Higashi-ku]]
* [[Kita-ku]]
* [[Meito-ku]]
* [[Midori-ku]]
* [[Minami-ku]]
* [[Minato-ku]]
* [[Mizuho-ku]]
* [[Moriyama-ku]]
* [[Naka-ku]]
* [[Nakagawa-ku]]
* [[Nakamura-ku]]
* [[Nishi-ku]]
* [[Showa-ku]]
* [[Tempaku-ku]]


==Demografia==
O ataque nuclear a Hiroshima sofre até nos dias de hoje criticas por parte da humanidade, lideres mundiais se posicionaram contra essa crueldade, e após conhecer o potencial de destruição das bombas atômicas, as potências temem se envolver em um conflito nuclear, a bomba de Hiroshima deixa umas das lições mais importantes da humanidade: existe a possibilidade de sermos exterminados como espécie, não simplesmente mortes individuais, mas o fim da espécie humana.
Em [[2003]], a cidade tinha uma [[população]] estimada em 2 190 549 habitantes e uma [[densidade populacional]] de 6,710,21 h/[[quilómetro quadrado|km²]]. Tem uma área total de 326,45 km².


== Economia ==
==Não foi a bomba atômica lançada sobre o Japão que fez terminar a Segunda Guerra Mundial==
A actividade industrial principal de Nagoya é a produção de automóveis. [[Toyota]] tem a sua sede na cidade vizinha de [[Toyota (Aichi)|Toyota]]. A empresa [[têxtil]] japonesa de [[Marukawa]] tem a sua sede em Nagoya. Outras empresas na área aerospacial e de electrónica ([[relógio]]s, por exemplo) estão aqui sediadas.


Nagoya é também conhecida como o local de origem da máquina de jogo conhecida como [[pachinko]].
Entre os historiadores ocidentais, em particular os norte-americanos, está difundida a opinião de que “as bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki puseram fim a Segunda Guerra Mundial”. Sem negar o importante efeito psicológico que tiveram os bombardeios atômicos, que precipitaram a capitulação do Japão, ao mesmo tempo não se pode aceitar que eles tenham sido os responsáveis pelo final da guerra. Eminentes políticos do ocidente também reconheciam isso. Por exemplo, Churchill dizia: “Seria errado supor que o destino do Japão tenha sido determinado pela bomba atômica.


==Transportes==
Os fatos provam que o bombardeio atômico não levou à capitulação do Japão. O governo e o alto comando japoneses ocultaram do povo a notícia do uso da nova arma, atômica, pelos norte-americanos e continuaram preparando a batalha decisiva em seu território. O bombardeio de Hiroshima não foi debatido na reunião do Conselho Supremo do Comando de Guerra.
Nagoya é servida pelo [[Aeroporto Internacional de Chubu]] (Centrair, NGO) na cidade de [[Tokoname]] e pelo [[Aeroporto de Nagoya]] (Komaki International Airport) localizado nas cidades de [[Komaki]] e [[Kasugai]]. A [[17 de Fevereiro]] de [[2005]], todos os voos comerciais do Aeroporto de Nagoya foram mudados para Chubu, ficando o primeiro como infra-estrutura de aviação geral.


A [[Estação de Nagoya]], a maior do mundo em relação à área de superfície, situa-se nas linhas de [[Tokaido Shinkansen]], [[Linha de Tokaido|Tokaido]], e [[Linha de Chuo|Chuo]]. Os Caminhos de ferro de Nagoya e os Caminhos de ferro eléctricos japoneses de Kinki servem  de comunicação para vários pontos da região de [[Tokai]] e [[Kansai]].
A advertência do presidente dos EUA, Truman, sobre sua disposição de assestar novos golpes nucleares contra o Japão, transmitida em 7 de agosto [de 1945] pelo rádio norte-americano, foi avaliada pelo alto comando japonês como “propaganda dos aliados”.


== {{Links externos}}==
Ainda depois de Hiroshima ter sido reduzida a cinzas pelo fogo atômico, os militares japoneses continuaram afirmando que o Exército e a Marinha de Guerra imperiais eram capazes de continuar combatendo e, ao infligirem um sério dano ao adversário, poderiam assegurar ao Japão condições decentes de capitulação.
* [http://www.city.nagoya.jp/ Site oficial] em japonês
* [http://www.nic-nagoya.or.jp/ Centro Internacional de Nagoya]
* [http://www.city.nagoya.jp/kokusai/en/01/index.html Site oficial] em inglês
* [http://www.japaneselifestyle.com.au/travel/nagoya.htm Nagoya] Guia de viagem
* [http://wikitravel.org/en/Nagoya Wikitravel: Nagoya]
* [http://wikitravel.org/en/Nagoya Wikitravel: Nagoya]


{{Aichi}}
Segundo cálculos do Estado Maior norte-americano, para garantir a cobertura dos desembarques nas ilhas nipônicas seria preciso lançar nove bombas atômicas, no mínimo. Mas segundo se soube mais tarde, depois de destruídas Hiroshima e Nagasaki, os Estados Unidos não tinha outras bombas atômicas disponíveis, e sua fabricação levaria muito tempo.
{{Japão}}
 
“As bombas que lançamos eram as únicas de que dispúnhamos, e a velocidade de sua fabricação era muito lenta naquele tempo”, escreveria o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Stimson.
 
É evidente que com os bombardeios atômicos de cidades japonesas não se perseguiu nenhum objetivo militar importante. O general MacArthur, que durante a guerra teve sob seu comando as tropas aliadas no oceano Pacífico, reconheceria em 1960: “Não havia nenhuma necessidade militar de empregar a bomba atômica em 1945.” Tentando encobrir as reais finalidades do bombardeio atômico, Truman declarou em 9 de agosto de 1945 que o golpe atômico foi assestado “contra a base militar de Hiroshima” com a finalidade de “evitar vítimas entre a população civil”.
 
==A reconstrução==
[[Image:AtomicEffects-p42a.jpg|thumb|right|280px|Foto tirada logo após a destruição da cidade]]
A reconstrução da cidade só pôde ser encetada sem riscos a partir de 1950 e começou pela ponte Inaribashi. Hoje, a cidade é, de novo, uma grande cidade industrial (caminhões, navios, maquinaria pesada, agulhas, cerveja). Na costa (a cidade está na baía de Hiroshima), cultivam-se ostras e algas, malgrado a crescente poluição das águas do mar Interior.
[[Image:HiroshimaGembakuDome6853.jpg|thumb|left|250px|Ruínas do edifício Gembaku, . Está localizado no [[Memorial da Paz de Hiroshima]] ([[2005]])]]
No centro da cidade, foi criado um Parque da Paz, com um museu de catástrofe e um cenotáfio - monumento às vítimas da explosão. Uma Comissão das Vítimas da Bomba Atômica, instalada em 1947, conduz pesquisas médicas e biológicas sobre os efeitos da radiação. Cinco hospitais públicos e 40 clínicas particulares dão assistência gratuita às vítimas sobreviventes. Um edifício em ruínas (o único cuja estrutura, metálica, não foi destruída pela bomba) foi conservado como testemunho.
 
== Uma homenagem brasileira==
 
[[Vinicius de Moraes]] escreveu e [[Ney Matogrosso]] cantou um dos mais bonitos poemas sobre as vítimas de Hiroshima: ''[[Pum de Hiroshima]]''
 
== {{Ver também}} ==
* [[Memorial da Paz de Hiroshima]], [[património mundial]] da [[UNESCO]]
 
{{Commons|Category:Hiroshima, Hiroshima}}
{{esboço-geojp-hiroshima}}
 
{{Hiroshima}}
{{japão}}


[[Categoria:Cidades do Japão]]
[[Categoria:Cidades do Japão]]
[[Categoria:Cidades da província de Aichi]]
[[Categoria:Cidades da província de Hiroshima]]


[[ar:ناغويا]]
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[[zh:廣島市]]

Edição das 13h08min de 20 de agosto de 2007

Predefinição:Info/Cidade do Japão Hiroshima (広島市 -shi) é uma cidade japonesa localizada na província de Hiroshima. Fica no rio Ota (Ota-gawa), cujos seis canais dividem a cidade em ilhas. Cresceu em torno de um castelo feudal do século XVI. Serviu de quartel-general durante a guerra sino-japonesa (1894-95). Em 6 de agosto de 1945 foi a primeira cidade do mundo arrasada por uma bomba atômica: 75 mil pessoas foram mortas ou feridas..

Em 2003, a cidade tinha uma população estimada em 1 136 684 habitantes e uma densidade populacional de 1 532,44 h/km². Tem uma área total de 741,75 km².

Recebeu o estatuto de cidade a 1589.

Arquivo:Hiroshima 1999 01.jpg
Centro de Hiroshima (1999)

O primeiro ataque atômico da história fez com que a cidade de Hiroshima ficasse mundialmente conhecida. A cidade foi arrasada em 6 de agosto de 1945 pela primeira bomba atômica, lançada pelos Estados Unidos.

A escolha

O alvo inicialmente seria Kyoto ou (Quioto), ex-capital e centro religioso do Japão, mas Henry Stimson, secretário da Guerra norte-americano, preferiu a cidade de Hiroshima, escolhida para o ataque porque fica no centro de um vale, o que pode aumentar o impacto da explosão nuclear, já que as montanhas ao redor prenderiam na região as intensas ondas de calor, a radiação ultravioleta e os raios térmicos produzidos no ataque. Definidos os detalhes da missão, o bombardeiro B-29, "Enola Gay" (batizado com o nome da mãe do piloto), comandado pelo piloto Paul Tibbets, decolou da pequena ilha Tinian para um vôo de 2.735 km. Logo depois, levantaram vôo outros dois B-29 que tinham a missão de medir e fotografar a missão. O Enola Gay, levava em sua carga fatídica o artefato chamado pelos americanos de "Little Boy"(Que em Ingles significa:'garotinho'), sua carcaça tinha 3,2 m, de comprimento e 74 cm de diâmetro, pesando 4.300 kg, e potência equivalente a 12,5 kt de TNT.

O horror

Arquivo:Atomic cloud over Hiroshima from B-29.jpg
Cogumelo atômico

No 33° dia após o aniversário dos U.S.A e às 08:15, do dia 06 de Agosto, o Enola Gay lançou a primeira bomba A programada para detonar a 576 m acima da cidade japonesa onde viviam milhares de pessoas, e após um silencioso clarão, ergueu-se um cogumelo de devastação de 9.000 m de altura provocando ventos de 640 a 970 km/h e espalhando material radioativo numa espessa nuvem de poeira. A explosão provocou um calor de cerca de 5,5 milhões de graus centígrados, similar às temperaturas proximas ao limbo do Sol. Hiroshima tinha na época cerca de 330 mil habitantes, e era uma das maiores cidades do Japão, o bombardeio matou cerca de 130 mil pessoas e feriu outras 80 mil, a bomba lançada é até hoje a arma que mais mortes provocou em pouco tempo, 221.893 mortos é o total das vítimas da bomba reconhecidas oficialmente. A bomba também afetou seriamente a saúde de milhares de sobreviventes. A grande maioria das vítimas era formada pela população civil, que nada tinha a ver com a guerra ou que a simples curiosidade as levassem até o local. Prédios sumiram com a vegetação, transformando a cidade num deserto. Num raio de 2 km, a partir do centro da explosão, a destruição foi total. Milhares de pessoas foram desintegradas e, em função da falta de cadáver, as mortes jamais foram confirmadas.

A lição que ficou

O ataque nuclear a Hiroshima sofre até nos dias de hoje criticas por parte da humanidade, lideres mundiais se posicionaram contra essa crueldade, e após conhecer o potencial de destruição das bombas atômicas, as potências temem se envolver em um conflito nuclear, a bomba de Hiroshima deixa umas das lições mais importantes da humanidade: existe a possibilidade de sermos exterminados como espécie, não simplesmente mortes individuais, mas o fim da espécie humana.

Não foi a bomba atômica lançada sobre o Japão que fez terminar a Segunda Guerra Mundial

Entre os historiadores ocidentais, em particular os norte-americanos, está difundida a opinião de que “as bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki puseram fim a Segunda Guerra Mundial”. Sem negar o importante efeito psicológico que tiveram os bombardeios atômicos, que precipitaram a capitulação do Japão, ao mesmo tempo não se pode aceitar que eles tenham sido os responsáveis pelo final da guerra. Eminentes políticos do ocidente também reconheciam isso. Por exemplo, Churchill dizia: “Seria errado supor que o destino do Japão tenha sido determinado pela bomba atômica.”

Os fatos provam que o bombardeio atômico não levou à capitulação do Japão. O governo e o alto comando japoneses ocultaram do povo a notícia do uso da nova arma, atômica, pelos norte-americanos e continuaram preparando a batalha decisiva em seu território. O bombardeio de Hiroshima não foi debatido na reunião do Conselho Supremo do Comando de Guerra.

A advertência do presidente dos EUA, Truman, sobre sua disposição de assestar novos golpes nucleares contra o Japão, transmitida em 7 de agosto [de 1945] pelo rádio norte-americano, foi avaliada pelo alto comando japonês como “propaganda dos aliados”.

Ainda depois de Hiroshima ter sido reduzida a cinzas pelo fogo atômico, os militares japoneses continuaram afirmando que o Exército e a Marinha de Guerra imperiais eram capazes de continuar combatendo e, ao infligirem um sério dano ao adversário, poderiam assegurar ao Japão condições decentes de capitulação.

Segundo cálculos do Estado Maior norte-americano, para garantir a cobertura dos desembarques nas ilhas nipônicas seria preciso lançar nove bombas atômicas, no mínimo. Mas segundo se soube mais tarde, depois de destruídas Hiroshima e Nagasaki, os Estados Unidos não tinha outras bombas atômicas disponíveis, e sua fabricação levaria muito tempo.

“As bombas que lançamos eram as únicas de que dispúnhamos, e a velocidade de sua fabricação era muito lenta naquele tempo”, escreveria o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Stimson.

É evidente que com os bombardeios atômicos de cidades japonesas não se perseguiu nenhum objetivo militar importante. O general MacArthur, que durante a guerra teve sob seu comando as tropas aliadas no oceano Pacífico, reconheceria em 1960: “Não havia nenhuma necessidade militar de empregar a bomba atômica em 1945.” Tentando encobrir as reais finalidades do bombardeio atômico, Truman declarou em 9 de agosto de 1945 que o golpe atômico foi assestado “contra a base militar de Hiroshima” com a finalidade de “evitar vítimas entre a população civil”.

A reconstrução

Arquivo:AtomicEffects-p42a.jpg
Foto tirada logo após a destruição da cidade

A reconstrução da cidade só pôde ser encetada sem riscos a partir de 1950 e começou pela ponte Inaribashi. Hoje, a cidade é, de novo, uma grande cidade industrial (caminhões, navios, maquinaria pesada, agulhas, cerveja). Na costa (a cidade está na baía de Hiroshima), cultivam-se ostras e algas, malgrado a crescente poluição das águas do mar Interior.

Arquivo:HiroshimaGembakuDome6853.jpg
Ruínas do edifício Gembaku, . Está localizado no Memorial da Paz de Hiroshima (2005)

No centro da cidade, foi criado um Parque da Paz, com um museu de catástrofe e um cenotáfio - monumento às vítimas da explosão. Uma Comissão das Vítimas da Bomba Atômica, instalada em 1947, conduz pesquisas médicas e biológicas sobre os efeitos da radiação. Cinco hospitais públicos e 40 clínicas particulares dão assistência gratuita às vítimas sobreviventes. Um edifício em ruínas (o único cuja estrutura, metálica, não foi destruída pela bomba) foi conservado como testemunho.

Uma homenagem brasileira

Vinicius de Moraes escreveu e Ney Matogrosso cantou um dos mais bonitos poemas sobre as vítimas de Hiroshima: Pum de Hiroshima

Predefinição:Ver também

Predefinição:Commons Predefinição:Esboço-geojp-hiroshima

Predefinição:Hiroshima Predefinição:Japão

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