Tatsuzo Ishikawa

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Em 1930, aos 24 anos, a convite de um amigo, que era funcionário da Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha(Empreendimento Ultramarino S.A.)resolveu inscrever-se no programa de imigração para o Brasil. Fez um acordo com a revista para qual trabalhava, comprometendo-se a enviar artigos sobre sua viagem. Ao chegar à hospedaria de imigrantes, em Kobe, fica chocado ao constatar a miséria do povo nipônico. Decide, então relatar sob forma de romance sua experiência como imigrante. Após meio ano de estada no Brasil, o autor retorna ao Japão e lança a obra Sôbô, em 1933, Dois anos mais tarde, em 1935, o jornalista e escritor desconhecido é laureado com o 1º Premio Akutagawa, de Literatura Japonesa. Em 1930, aos 24 anos, a convite de um amigo, que era funcionário da Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha(Empreendimento Ultramarino S.A.)resolveu inscrever-se no programa de imigração para o Brasil. Fez um acordo com a revista para qual trabalhava, comprometendo-se a enviar artigos sobre sua viagem. Ao chegar à hospedaria de imigrantes, em Kobe, fica chocado ao constatar a miséria do povo nipônico. Decide, então relatar sob forma de romance sua experiência como imigrante. Após meio ano de estada no Brasil, o autor retorna ao Japão e lança a obra Sôbô, em 1933, Dois anos mais tarde, em 1935, o jornalista e escritor desconhecido é laureado com o 1º Premio Akutagawa, de Literatura Japonesa.
-[[Image:Sobo111.JPG|thumb|left|Sôbô - Uma Saga da Imigração Japonesa|]]+ 
 +[[Image:Sobo2.JPG|thumb|left|Sôbô - Uma Saga da Imigração Japonesa|]]
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O título, Sôbô, de difícil tradução, traz dois ideogramas:sô remete a sôsei, "povo", mas também pode significar "cor de capim", "apressar-se", "envelhecer", acepções estas que poderiam relacionar a imagem da proliferação do povo à proliferação do capim ou erva daninha, como algo desprezível. E bô comporta significados de "imigrante", povo subjulgado". O título, Sôbô, de difícil tradução, traz dois ideogramas:sô remete a sôsei, "povo", mas também pode significar "cor de capim", "apressar-se", "envelhecer", acepções estas que poderiam relacionar a imagem da proliferação do povo à proliferação do capim ou erva daninha, como algo desprezível. E bô comporta significados de "imigrante", povo subjulgado".

Revisão de 20:13, 25 Abril 2008

Tatsuzo Ishikawa

(1905 - 1985), nasceu na província de Akita, Japão. Chegou a cursar Letras na Universidade Waseda, em Tokio, embora não tenha concluido o curso. Tornou-se repórter e, posteriormente, escritor.

Em 1930, aos 24 anos, a convite de um amigo, que era funcionário da Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha(Empreendimento Ultramarino S.A.)resolveu inscrever-se no programa de imigração para o Brasil. Fez um acordo com a revista para qual trabalhava, comprometendo-se a enviar artigos sobre sua viagem. Ao chegar à hospedaria de imigrantes, em Kobe, fica chocado ao constatar a miséria do povo nipônico. Decide, então relatar sob forma de romance sua experiência como imigrante. Após meio ano de estada no Brasil, o autor retorna ao Japão e lança a obra Sôbô, em 1933, Dois anos mais tarde, em 1935, o jornalista e escritor desconhecido é laureado com o 1º Premio Akutagawa, de Literatura Japonesa.

O título, Sôbô, de difícil tradução, traz dois ideogramas:sô remete a sôsei, "povo", mas também pode significar "cor de capim", "apressar-se", "envelhecer", acepções estas que poderiam relacionar a imagem da proliferação do povo à proliferação do capim ou erva daninha, como algo desprezível. E bô comporta significados de "imigrante", povo subjulgado".

O problema da classe baixa no Japão, em particular dos trabalhadores rurais, foi pontuado por poucos dentro da literatura. Na verdade, a maior parte dos autores preferia escrever sobre a individualidade, a tradição cultural do antigo Japão e a vida da classe média alta urbana. Foi nesse contexto que Tatsuzo Ishikawa derrubou as convenções literárias ao locar profundamente na história oficial dos imigrantes japoneses que viajaram para o Brasil nas primeira décadas do século XX. Suas dificuldades, medos, a miséria e a discriminação que sofreram foram escancaradas em Sôbô, compondo uma história obscura e vergonhosa para o governo japonês, mas reveladora para a sociedade contemporânea.

A obra, inédita no gênero, descreve com riqueza de detalhes o processo de imigração para o Brasil: a chegada dos imigrantes na hospedaria em kobe e os preparativos para o embarque, o cotidiano nos 45 dias dentro do navio, até o desembarque em Santos e a distribuição dos trabalhadores nas fazendas de café no interior do Estado de São Paulo.

Entre várias outras obras de sucesso de sua autoria podem ser destacadas Hikage no mura (Aldeia à Sombra), escrita em 1937, e Ikiteru heitai ( os Soldados Sobreviventes), de 1938.

(Copiado das orelhas da capa da tradução feita por

Maria Fusako Tomimatsu (UFL)

Monica Setuyo Okamoto (Unesp - Assis)

Takao Nametaka

e revidado por

Márcia Hitomi Takahashi

Editada pela Ateliê Editorial

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