Kochira Katsushika-ku Kameari KÅen-mae Hashutsujo (mangá)
De Nikkeypedia
Kochira Katsushika-ku Kameari Kōen Mae Hashutsujo (こちら葛飾区亀有公園前派出所?, que significa literalmente Aqui é a Delegacia de Polícia em frente o Parque Kameari no bairro de Katsushika"), geralmente abreviado para Kochikame (こち亀?), é um mangá japonês de comédia escrito e ilustrado por Osamu Akimoto. A história se passa nos dias de hoje, nas imadiações da Delegacia de polícia (kōban), na parte central de Tóquio, e trata das desventuras do personagem Kankichi Ryotsu, um policial de meia idade.
O mangá tem sido publicado na Revista Shonen Jump desde setembro de 1976, com mais de 1700 capítulos, compilados em 189 volumes "tankōbon" (pequena publicação), fazendo desta a série de maior número de volumes publicados. O mangá foi adaptado para anime numa série de TV, produzida pelo Estudio Gallop, e foi transmitida por todo o Japão pelo canal Fuji Television. Além disso, houve ainda 2 adaptações para o cinema, 2 animações longa-metragem, diversas adaptações para os palcos e uma série com atores (live action) para a TV.
Em fevereiro de 2012, a série já havia vendido 155 milhões de cópias, fazendo desta a quarta série de mangá mais vendida da história.
Em 2005 o canal de TV Asahi colocou o nº36 da série numa lista dos 100 melhores animes de todos os tempos.
Enredo
O enredo típico do Kochikame é centrado no personagem Kankichi "Ryo-san" Ryotsu que surge com um esquema de fazer dinheiro, seja através da invenção de engenhocas, seja tirando proveito de modismos passageiros. Após uma fase bem sucedida, o personagem pede a ajuda de Keiichi Nakagawa quando a situação começa a ficar complicada. Por fim, acaba perdendo tudo quando esses modismos acabam ou quando as situações saem de seu controle.
Apesar de as narrativas serem calcadas em piadas e brincadeiras, grande parte do humor vem da combinação de personagens comuns com aqueles que são extremamente bizarros. Dois exemplos são Nakagawa, que é rico e Ai Asato que é fisicamente atraente. O que ambos os policiais têm em comum é a falta de serviço, o que não é explicado ou racionalizado da maneira alguma. (O que é explicado na Revista Shonen Jump é que Ryo-san é um dos melhores policiais na captura de criminosos). Nakagawa e Reiko Akimoto possuem licenças especiais (como usar roupas normais no lugar dos uniformes) devido às suas habilidades linguísticas.
A narrativa foi se desenvolvendo com o passar dos anos, apesar de a maioria dos personagens centrais não envelhecerem. Ainda que a série tenha se iniciado na década de 70, os personagens parecem os mesmos, porém vivendo no atual presente de 2010. Alguns personagens, contudo, envelheceram num ritmo razoável, como o neto de Buchao, que era um bebê nas primeiras edições e que agora já está na fase adolescente. Esse é um aspecto com que o próprio autor brinca nos episódios que fazem um flashback da estória.
Kochikame tem um público bastante variado, de adolescentes à homens de meia idade. Assim como Homer Simpson, Ryo-san desperta um apelo muito forte para com as crianças e para com os mais velhos. As sacadas da série é fazer piadas sobre modas e modismos, que são sempre passageiros.
As estórias são geralmente inocentes em seus conteúdos, e a pouca violência que aparece é cômica. Alguns assuntos mais maliciosos, quando aparecem, são mais para provocar o riso do que provocar o leitor. Em outro paralelo com Os Simpsons, a popularidade de Kochikame é tamanha, que levou celebridades japonesas, como o tecladista Tetsuya Komuro, a serem incluídas na narrativa, como uma participação especial.
Para o autor Osamu Akimoto, Kochikame é uma contínua homenagem à classe trabalhadora e aos distritos mais antigos de Tóquio. A maior parte dos episódios do mangá inicia-se com uma ilustração do centro de Tóquio (Shita-machi), crianças brincando em uma rua de construções antigas de madeira.