Imigração japonesa

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18 de junho de 1908, 9:30 horas, Kasato-maru, que passara a noite ao largo da barra, lançou sua âncora no porto de Santos, e às 17:30 atracou no armazém 14. Trazia a bordo 800 imigrantes japoneses. Com exceção das pessoas que vieram como viajantes, a grande maioria - 781 imigrantes-agricultores - se dirigiu às fazendas de café no interior do estado de São Paulo após permanecer por alguns dias na Hospedaria dos Imigrantes, na Capital. Começava o trabalho dos imigrantes japoneses na agricultura em terras brasileiras. Seguiram a estes, 188 mil imigrantes-agricultores desde então até o ano de 1941, às vésperas da eclosão da guerra do Pacífico. Após o téermino da II Guerra Mundial, a imigração dos japoneses no Brasil só foi retomado no ano de 1953 e se estendeu por dez anos, período em que vieram 50 mil imigrantes-agricultores. A quase total suspensão dessa imigração, que se deu então, se deveu às mudanças sócio-econômicas que se verificaram no Japão e também no Brasil. Aquele não apresentava mais condições de incentivar a saída de sua mão-de-obra como o nosso País não mais necessitava de trabalhadores agrícolas estrangeiros. No período que se seguiu, o Brasil adotou a política de permitir a entrada de imigrantes dispondo de capacidade financeira e que fossem capazes de encetar empreendimentos agrícolas, ou ainda, preferntemente, imigrantes profissionalmente qualificados do setor industrial. Nestas condições aportaram às terras brasileiras alguns milhares de japoneses. 18 de junho de 1908, 9:30 horas, Kasato-maru, que passara a noite ao largo da barra, lançou sua âncora no porto de Santos, e às 17:30 atracou no armazém 14. Trazia a bordo 800 imigrantes japoneses. Com exceção das pessoas que vieram como viajantes, a grande maioria - 781 imigrantes-agricultores - se dirigiu às fazendas de café no interior do estado de São Paulo após permanecer por alguns dias na Hospedaria dos Imigrantes, na Capital. Começava o trabalho dos imigrantes japoneses na agricultura em terras brasileiras. Seguiram a estes, 188 mil imigrantes-agricultores desde então até o ano de 1941, às vésperas da eclosão da guerra do Pacífico. Após o téermino da II Guerra Mundial, a imigração dos japoneses no Brasil só foi retomado no ano de 1953 e se estendeu por dez anos, período em que vieram 50 mil imigrantes-agricultores. A quase total suspensão dessa imigração, que se deu então, se deveu às mudanças sócio-econômicas que se verificaram no Japão e também no Brasil. Aquele não apresentava mais condições de incentivar a saída de sua mão-de-obra como o nosso País não mais necessitava de trabalhadores agrícolas estrangeiros. No período que se seguiu, o Brasil adotou a política de permitir a entrada de imigrantes dispondo de capacidade financeira e que fossem capazes de encetar empreendimentos agrícolas, ou ainda, preferntemente, imigrantes profissionalmente qualificados do setor industrial. Nestas condições aportaram às terras brasileiras alguns milhares de japoneses.

Revisão de 14:30, 13 Agosto 2007

thumb|220px|Kasato Maru em Santos - SP em 1908

18 de junho de 1908, 9:30 horas, Kasato-maru, que passara a noite ao largo da barra, lançou sua âncora no porto de Santos, e às 17:30 atracou no armazém 14. Trazia a bordo 800 imigrantes japoneses. Com exceção das pessoas que vieram como viajantes, a grande maioria - 781 imigrantes-agricultores - se dirigiu às fazendas de café no interior do estado de São Paulo após permanecer por alguns dias na Hospedaria dos Imigrantes, na Capital. Começava o trabalho dos imigrantes japoneses na agricultura em terras brasileiras. Seguiram a estes, 188 mil imigrantes-agricultores desde então até o ano de 1941, às vésperas da eclosão da guerra do Pacífico. Após o téermino da II Guerra Mundial, a imigração dos japoneses no Brasil só foi retomado no ano de 1953 e se estendeu por dez anos, período em que vieram 50 mil imigrantes-agricultores. A quase total suspensão dessa imigração, que se deu então, se deveu às mudanças sócio-econômicas que se verificaram no Japão e também no Brasil. Aquele não apresentava mais condições de incentivar a saída de sua mão-de-obra como o nosso País não mais necessitava de trabalhadores agrícolas estrangeiros. No período que se seguiu, o Brasil adotou a política de permitir a entrada de imigrantes dispondo de capacidade financeira e que fossem capazes de encetar empreendimentos agrícolas, ou ainda, preferntemente, imigrantes profissionalmente qualificados do setor industrial. Nestas condições aportaram às terras brasileiras alguns milhares de japoneses. Transcorridos 85 anos, esses 240 mil imigrantes-agricultores e outros milhares de imigrantes japoneses que se estabeleceram no Brasil, dos quais se estimam que pouco mais de 10% regressaram ao seu país de origem, apresentam a seguinte situação (dados constantes do levantamento efetuado pelo Centro de Estudos Nipo-Brasileiros em 1988): Estimativa da população de japoneses e seus descendentes residentes no Brasil: 1.228.000 almas que se distribuem em 5 gerações - 1ª geração - 12,5%; 2ª - 30,8%; 3ª - 41,3%; 4ª - 12,9% e 5ª geração - 0,2%. Quer dizer que são cerca de 150 mil japoneses e 1 milhão e 100 mil brasileiros descendentes de japoneses. Os dados referentes à miscigenação registram: casamento interétnico - casais de nikkei com nikkei 54% e de nikkei com não-nikkei 46%. Grau de japonidade 1 com 72% e abaixo de 1 com 28% (define-se o grau de japonidade: igual a 1 quando todos os ascendentes são de origem japopnesa e abaixo de 1 quando pelos menos um(a) - de seus ascendentes for não-japonês(a)). Os integrantes desta comunidade se encontram espalhados em todo o território nacional com a seguinte distribuição: região Norte - 2,68%, Nordeste - 2,32%, Sudeste - 79,35% (sendo que o estado de São Paulo abriga 72,23% ou 887.000 indivíduos), Sssul - 11,69% e regiao Central - 3,98%. O citado levantamento ainda indica que cerca de 90% dessa população são moradores da área urbana e 10% residem na zona rural. Os principais ramos de atividades a que se dedica essa população são os seguintes: comércio de mercadorias - 25,82% atividades agrícolas - 15,44% indústria de transformação - 15,30%, prestação de serviços - 13,91%, atividades sociais - 10,22%. Nessa mesma pesquisa, a pergunta sobre proventos familiares, foram obtidas as seguintes respostas: até 1 salário-mínimo - 3,26% - 1~5 SM - 19,85%, 5~10 SM - 20,47%, 10-20 SM - 15,49%, 20~30 SM - 8,16%, acima de 30 SM - 7,93%, que comparados com os dados gerais relativos ao Brasil em geral, indicam estarem melhor situados. Em relação à indagação sobre o uso da língua japonesa no cotidiano, um terço disse que a conhece bem, sendo que outro terço respondeu que não conhece nada dessa língua. E um estudo comparativo internacional de atitude e comportamento, realizado também pelo Centro de Estudos Nipo-Brasileiros em colaboração com o grupo do prof. Chikio Hayashi, do Instituto de Matemática e Estatística do Japão, revela que os dados comportamentais dos nikkeis brasileiros se aproximam dos valores dos japoneses - obviamente não são idênticos - mais dos os dos nikkeis americanos das ilhas de Havai. Por todos esses dados, pode-se afirmar do seguro processo de integração da comunidade de origem japonesa à sociedade brasileira.

Katsunori Wakisaka

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