Koko Ichikawa

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Cinquenta anos separam a chegada dos primeiros imigrantes ao Brasil e a vinda desta grande humanitária, mas as semelhanças são muitas. Cinquenta anos separam a chegada dos primeiros imigrantes ao Brasil e a vinda desta grande humanitária, mas as semelhanças são muitas.
Entre os relatos singelos das dificuldades e sacrifícios vividos pelos imigrantes japoneses que escolheram o Brasil para realizar seus sonhos, a vida de Koko Ichikawa é um exemplo digno de destaque. Entre os relatos singelos das dificuldades e sacrifícios vividos pelos imigrantes japoneses que escolheram o Brasil para realizar seus sonhos, a vida de Koko Ichikawa é um exemplo digno de destaque.

Revisão de 13:32, 31 Julho 2009

Koko Ichikawa
Koko Ichikawa e o sonho da Kibô-no-Iê

Cinquenta anos separam a chegada dos primeiros imigrantes ao Brasil e a vinda desta grande humanitária, mas as semelhanças são muitas. Entre os relatos singelos das dificuldades e sacrifícios vividos pelos imigrantes japoneses que escolheram o Brasil para realizar seus sonhos, a vida de Koko Ichikawa é um exemplo digno de destaque. A determinada senhora veio para o País no período pós-guerra, chegando a bordo do América Maru no dia 20 de setembro de 1958. Seu principal propósito era o de criar uma instituição de assistência às crianças com problemas de deficiência intelectual. Realizou seu sonho quando fundou a Kibô-no-Iê, há exatos 45 anos. Neste ano de 2008, enquanto o País comemora o centenário da imigração japonesa, os admiradores desta memorável mulher celebram 50º aniversário de sua chegada ao Brasil. Nascida em 19 de dezembro de 1927, passou a infância e adolescência no Japão em meio às instabilidades políticas e sucessivas guerras. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, sofreu com toda a população as conseqüências de um país derrotado e devastado, com os sistemas viários, de comunicação, de produção e demais serviços essenciais de abastecimento desmantelados. A escassez de alimentos e outros gêneros de primeira necessidade afetavam a população. De sua infância ao momento que funda a Kibô-no-Iê, passa por períodos de mudanças, questionamentos e inquietações no ambiente familiar e nos relacionamentos externos vive a tristeza e a revolta pelas mazelas das guerras. Os estudos são prejudicados, os professores e colegas são convocados para a luta e os comunicados das mortes de pessoas próximas enlutando as famílias são freqüentes. Superando enormes privações, Koko concluiu o ensino secundário, freqüentou cursos de enfermagem e de babá, exerceu o magistério e ajudou na loja do pai até ser admitida (em 1954) na Fujjikura Gakuen, instituição pioneira no tratamento de pessoas com necessidades especiais. Em 1958 aceitou o convite para a criação de um departamento para excepcionais no templo Nippaku do Brasil, que daria origem à Kodomo-no-Sono. Após trabalhar por pouco mais de quatro anos na nova instituição, Koko saiu de lá para fundar sua própria entidade na pequena casa em que vivia, na Vila Brasilândia, em 15 de outubro de 1963.

Há uma profunda transformação em sua vida, desde a conversão para o cristianismo até a decisão de trabalhar em benefício das pessoas com deficiências intelectuais e físicas, indefesas e dependentes, sem condições de viver normalmente na sociedade. Tudo começou a clarear. Amar o próximo, estender as mãos a quem precisa de ajuda, acreditar na bondade das pessoas, vivendo uma vida simples, despojada, saudável e alegre, sem medo. A Kibô-no-Iê é fruto de um sonho impensável nas épocas vividas pela fundadora no Japão, mas que ela soube concretizar com a força da esperança, fé, e de sua entrega total aos desígnios traçados por Deus. Hoje a entidade caminha firme e determinada, seguindo as diretrizes essenciais deixadas pela fundadora, de proporcionar aos internos um tratamento humano, de respeito e compreensão. E nesse ponto Koko Ichikawa foi enfática: “Este estabelecimento perderá qualquer sentido se os internos não puderem viver extravasando saúde, alegria e felicidade.”


Ela faleceu no dia 25 de outubro de 2001, mas seu legado continua encantando seus admiradores e inspirando as novas gerações.


Prato de sushi
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