Terra do Sol Nascente

De Nikkeypedia

“No mar da China há uma ilha, de pessoas brancas, esbeltas, de rostos finos e bonitos e de modos refinados. São pagãos, adoram ídolos com cabeças de animais e têm os seus templos e palácios cobertos de ouro da espessura de dois dedos. A quantidade de riquezas que esta terra possui é imensa.Este povo come carne humana, que considera o mais requintado de todos os alimentos.” Marco Pólo em 1298

Assim aparece pela primeira vez na Europa uma referência escrita ao Japão. Esta descrição de Marco Polo a uma ilha de ouro foi um dos grandes impulsos ao maior movimento de descoberta que o Homem alguma vez fez. O destino que Colombo confessa no seu diário de bordo querer alcançar é a ilha do ouro. O impulso da conquista espanhola das Américas foi de facto a lenda das cidades de ouro, os “El Dorados”, que conquistadores como Cortéz e Pizarro perseguiam e que levaram ao fim de civilizações como os Aztecas, os Maias, e os Incas.

Portugal foi no entanto a primeira nação europeia a entrar em contacto directo com o Japão e com os japoneses. Segundo a “Peregrinação” de Fernão Mendes Pinto, foi em 1543 que chegou a Tanegashima com mais dois compatriotas.

Estes aventureiros portugueses levavam consigo inovações que mudaram irremediavelmente a história do Japão. As armas de fogo, o cristianismo, e a medicina ocidental foram apenas algumas das mais importantes. O Japão é um país que fomenta paixões. A maioria das pessoas entra em contacto quase diariamente com artes vindas do Japão. Sejam as mais conhecidas como o Judo ou o Karate, o Bonsai, o Shiatsu ou o Reiki, ou outras ainda por descobrir, mas que já se encontram entre nós. A cultura japonesa é uma das mais bonitas e refinadas do mundo, como já referia Marco Polo no Séc. XIII. De facto, goste-se ou não, o Japão é provavelmente uma das poucas nações a que ninguém consegue ficar indiferente. História do Japão O Japão (em japonês 日本Nippon ou Nihon, literalmente "origem do sol" ou "terra do sol nascente") é um país insular do Extremo Oriente, formado por um arquipélago situado ao largo da costa nordeste da Ásia, cuja capital é a cidade de Tóquio.

É formado por quatro grandes ilhas, Honshu, Shikoku, Kyushu e Hokkaido, e seu arquipélago é formado por mais de três mil ilhas localizadas entre o mar de Okhotsk a norte, o Oceano Pacífico a leste e a sul e o Mar da China Oriental e o mar do Japão a oeste. Através do mar do Japão e do Mar de Okhotsk, contacta com a Rússia, o Estreito da Coreia, a sudoeste, fornece ligação à Coreia do Sul, e na extremidade sul das ilhas Riukyu aproxima-se de ilha de Taiwan. A maior parte das ilhas é montanhosa, com muitos vulcões.

O povoamento do Japão remonta ao Paleolítico. A influência de outros povos seguidos por períodos de isolamento caracteriza a história do Japão o que tornou sua cultura uma mistura de influências externas e criações autóctones. Desde a promulgação de sua Constituição em 1947 o Japão manteve uma monarquia constitucional com um imperador e um parlamento eleito, a Dieta.

Com uma população de pouco mais de 127 milhões de pessoas, o Japão é o décimo país mais populoso do mundo. A Região Metropolitana de Tóquio, que inclui Tóquio (a capital do país) e várias cidades vizinhas, é a maior concentração urbana do mundo com cerca de 30 milhões de habitantes. O país tem a segunda maior economia do mundo por PIB nominal, é o quarto maior exportador mundial e sexto maior importador com o quarto maior orçamento de defesa. É membro das Nações Unidas e de vários grupos internacionais como o G8, G4 e APEC.


  1. Paleolítico Japonês <10.500 a. C.
         Nem sempre o Japão foi uma ilha isolada. Antes do final da quarta glaciação o nível do mar era bem mais baixo do que actualmente, e o Japão estava ligado ao continente asiático permitindo a migração de vários grupos.
         Ferramenta de pedra lascada
         Yaita City/ Nasushiobara City, Tochigi Prefecture
         	
         Acreditava-se, antes da descoberta desse período, que as primeiras ocupações humanas no Japão haviam ocorrido no período Jomon. Porém, após a descoberta do primeiro sítio arqueológico deste período, logo após a segunda guerra mundial, mais de 5.000 sítios arqueológicos foram descobertos, alguns nos próprios sítios do período Jomon.
         As primeiras ferramentas japonesas de pedra lascada datam de 35.000 a.C. e as de pedra polida datam de 30.000 a.C., as mais antigas do mundo. A tecnologia da pedra polida é normalmente associada ao neolítico, em torno de 10.000 a.C. no resto do mundo. Não se sabe por que essas ferramentas surgiram tão cedo no Japão.
         	
         Ferramentas de pedra polida
         Museu Nacional de Tokio
         Machados de pedra lascada e polida do paleolítico japonês.
         Museu Nacional de Tokio
         	
         Cerca de 90% das descobertas referentes a este período foram realizadas pelo arqueólogo japonês Fujimura Shinichi, que afirmava ter descoberto provas de que humanos habitavam a ilha desde 700.000 a.C., mas descobriu-se que essas eram provas falsas implantadas por Fujimura, e colocou em dúvida a real existência desse período. Os 186 sítios, 33 escavados, e todas as outras descobertas de Fujimura perderam seu valor científico e histórico. Desde a descoberta da fraude, apenas alguns sítios conseguem datar a actividade humana no Japão para 50.000 a.C. a 40.000 a.C. Portanto, a data mais aceite para a primeira presença humana no arquipélago é de 35.000 a.C.


  1. Periodo Jomon 10.500 a. C. - 300 a. C.
         Os Jomon são a primeira civilização japonesa. Deixaram vestígios de sua ocupação através de peças de cerâmica, as mais antigas peças feitas pelo homem conhecidas até hoje. O próprio nome Jomon significa “marcado por cordas”, devido á decoração das peças. Através da cerâmica, também, assume-se que tenham seguido uma religião politeísta, baseada no culto de elementos da natureza e dos seus ancestrais. Não há registos escritos ou vestígios claros de sua língua, e não se sabe até que ponto os Jomon formaram uma civilização coesa cultural, social e politicamente, ou se consistia de agrupamentos humanos descentralizados.


         Jomon Pré-Inicial (8000 – 5000 a.C.)
         Shikoku e Kyushu, ao sul, ficam separadas do resto do Japão devido ao aumento do nível do mar, tornando-se ilhas. Esta subida da temperatura ambiente e do nível do mar aumentou a disponibilidade dos recursos alimentares.
         Foto:Togarishi Jomon Archaeological Museum
         Jomon Inicial (5000 – 2500 a.C.)
         Cerâmica similar na Coreia e em Kyushu indica que haveria comércio entre as ilhas japonesas e a península coreana. Eram produzidas várias ferramentas de uso diário para além da cerâmica, como cestos de verga, agulhas de osso, e ferramentas de pedra.
         Foto:Metropolitan Museum of Art - New York
         	


         Jomon Médio (2500 – 1500 a.C.)
         A temperatura aumentou consideravelmente, levando a um movimento de populações para o interior montanhoso e mais fresco. As comunidades tornaram-se sedentárias durante longos períodos. Aparecem as estatuetas de mulheres e imagens fálicas em pedra e a prática de enterrar os mortos em sepulturas sugere o início de alguma religiosidade. Datam desta época as tentativas de cultivo de plantas.
         Foto:Robert and Lisa Sainsbury Collection
         Jomon Tardio (1500 – 1000 d.C.)
         Á medida que o clima começou a arrefecer, a população migrou das montanhas para áreas costeiras. Maior disponibilidade dos alimentos marítimos levou a várias inovações da tecnologia de pesca, como o arpão e técnicas de pesca em alto mar. Este processo aproximou comunidades. Sepulturas mais elaboradas e oferendas aos mortos mostram que as cerimónias fúnebres ganham maior importância.
         Foto:Metropolitan Museum of Art - New York
         	


         Jomon Final (1000 – 300 a.C.)
         Com o arrefecimento acentuado do clima, os recursos alimentares tornaram-se menos abundantes e a população teve um declínio. Os grupos eram menores e as diferenças regionais acentuaram-se. Uma vaga de povos da península coreana trouxe o cultivo de arroz e a tecnologia do bronze, marca a transição para o Período Yayoi.
         Foto:Tokio National Museum


  1. Periodo Yayoi 300 a. C. - 250 d. C.
         Ao começar a secar, o norte da China, outrora uma região temperada com florestas luxuriante e água em abundância, deu lugar a um dos mais vastos desertos do mundo: o Gobi, deslocando os habitantes para Este e Sul em direcção da Coreia. Estas populações empurraram os habitantes nativos para o Japão.


         Esta nova vaga de imigrantes, os Yayoi, trouxe para o Japão a agricultura, nomeadamente o cultivo de arroz em socalcos, a metalurgia, do ferro e do bronze, e uma nova religião, que se desenvolveria no shintoismo (mas só receberia este nome bem mais tarde). Uma das teorias relativamente a este povo é que a vaga de imigração foi pequena e, apesar de trazerem novas tecnologias, os Yayoi forma assimilados pelos Jomon. Esta versão é maioritariamente aceite pelos Japoneses, pois significaria que a população japonesa actual é nativa do Japão e não descendente de povos do continente.
         Foto:Cultivo de arroz em socalcos
         A outra teoria é a de que os Yayoi deslocaram e apagaram a cultura Jomon, inclusive a linguagem, dominando permanentemente o País. Esta visão, claro está, não é popular no próprio Japão.
         Independentemente de qual seja a verdadeira origem dos japoneses, é unanimemente aceite que a língua, estrutura social e religião do Japão descende directamente da civilização Yayoi.
         Foto: Espadas de bronze
         Museu Gimet
         	


         Os Yayoi viviam em clãs de estrutura militar e patriarcal, denominados uji, liderados por uma única figura que seria o chefe militar e sacerdote. Cada clã tinha atribuído um deus, pelo qual o líder do clã era responsável. Estes deuses, chamados kami, eram representativos de forças da natureza e responsáveis pela criação do mundo. Quando um uji conquistava outro, absorvia o seu deus na sua própria cultura, o que criou um intrincado sistema hierárquico similar ao do próprio clã.
         Foto:Adagas de pedra
         Zasshonokuma Site, Fukuoka City, Fukuoka Prefecture
         Os Yayoi viviam primitivamente, sem escrita ou moeda, e os casamentos eram frequentemente poligâmicos, mas as mulheres ocupavam lugares de destaque no clã, inclusive o de líder, como demonstram os relatos chineses da altura sobre os japoneses.
         As relações entre os uji eram complexas, e os conflitos territoriais foram, lentamente, dando origem a pequenos estados. O primeiro estado japonês propriamente dito teria origem na planície de Yamato.
         Foto:Exemplo de habitação Yayoi
         	


  1. Periodo Yamato (Kofun/Asuka) 250 - 710
         A península Yamato, no ponto mais a sudoeste da ilha de Honshu, é historicamente o local por onde passou a maior parte da influência do continente asiático para o Japão. Era também o local mais rico do País. Aí se estabeleceram os Uji, clãs Yayoi, mais poderosos e organizaram um sistema politico-administrativo baseado nos modelos de governação coreanos, no qual participavam no governo as famílias senhoriais que possuíam terras, e que recebiam do rei o título kabane. Este sistema ficou conhecido como Uji-kabane. No entanto este seria sempre um sistema marcado pelas disputas entre as famílias mais poderosas pelo poder.
         Em 391 uma expedição japonesa invade a península coreana e estabelece importantes relações com os reinos locais. Koguryo no norte, Paekche no este e Silla no oeste. Paekche compreendeu a importância do Japão e formou uma aliança com o estado de Yamato. A corte coreana enviou para o Japão especialistas em várias artes, do metal á cerâmica, e cultura chinesa como a escrita, que tinham adoptado para registar os nomes japoneses. Em 513, Paekche enviou a Yamato um professor Confucionista seguido de um representante budista que levava uma imagem de Buda e algumas escrituras budistas.
         	


         Durante o reinado da Imperatriz Suiko, de 592 a 628, a aliança entre a corte Yamato e Paekche terminou e muitos coreanos foram para o Japão, ao mesmo tempo que a poderosa aristocracia militar disputava o reinado.
         Tais disputas intensificaram-se no início do século VI, principalmente entre os clãs Mononobe e Soga. Tendo os Soga vencido, Shotuku, membro do clã e sobrinho da rainha Suiko, torna-se regente do reino em 593. Para lidar com os problemas internos o Príncipe Shotuku envia representantes á China para estudar política, sociedade e filosofia chinesa. Entre as reformas mais importantes estão o budismo, o calendário chinês, a escrita e a constituição chinesa.
         Foto:Principe Shotoku com o irmão e o filho. Colecção da Casa Imperial
         Mas a sua maior contribuição foi a implementação da Constituição Japonesa de 17 Artigos (Kenpo Jushichijo), baseada no modelo chinês. Este foi o primeiro documento escrito japonês e formava o primeiro modelo de governação do Japão. A Constituição é baseada em princípios confucionistas, embora tenha alguns elementos budistas, já que Shotoku era um budista devoto.
         A regência de Shotoku termina em 621 e o reinado da Imperatriz Suiko em 628. Em 645 os Soga foram depostos e o Imperador Kotoku tomou o poder implementando os Éditos de Reforma Taiko, escrita por eruditos confucionistas e definia o sistema imperial e o governo japonês (sistema Ritsuryo). Estas novas directrizes implementavam o poder total do imperador (Tenno) como autoridade máxima em todo o território, deixando o Japão de ser composto por estados separados mas por províncias, debaixo do reinado do imperador.
         Foto:Principe Shotoku
         	


         Kofun
         Kofun eram grandes rituais funerários e sepulcros característicos que tinham grandes câmaras funerárias de pedra. Os Kofun tinham diversas formas, sendo as mais simples as redondas e as quadradas, sendo um estilo muito distinto o zempō kōen kofun, que era quadrado à frente e redondo atrás. Muitos kofun localizam-se em elevações naturais, que podem apenas ter sido trabalhadas para adquirirem a sua forma final.
         O tamanho dos kofun varia desde alguns metros até cerca de 400 metros de comprimento, pensa-se que os maiores serão os túmulos dos imperadores, como Ojin e Nintoku. Os kofun também são classificados consoante o tipo de entrada na câmara funerária, tate-ana (se esta é vertical) ou yoko-ana (horizontal).
         Foto:Kofun-no-Oka Kososhi Park
         Matsue City
         Nesta altura, desenvolveu-se uma sociedade altamente aristocrática com governantes militares. A cavalaria usava armadura e transportava espadas e outras armas, à semelhante do que se passava no nordeste asiático também tinham métodos militares avançados. Estes avanços confirmam-se com a observação das figuras funerárias (haniwa, que literalmente significa anéis de barro), encontradas em milhares de kofun por tudo o Japão. Os haniwa mais importantes foram encontrados no Sul de Honshu (especialmente na região de Kinai próximo de Nara) e também no Norte de Kyushu. As ofertas fúnebres haniwa, podiam ser de várias formas, cavalos, galinhas, pássaros, peixes, casas, armas, escudos, guarda-sóis, almofadas e formas humanas, masculinas e femininas. Outra peça fúnebre, o magatama, tornou-se um dos símbolos do poder da casa imperial.
         Foto:Guerreiro em haniwa
         Hamilton Library
         	


         Muitos dos vestígios materiais do período Kofun mal se conseguem distinguir dos contemporâneos da península coreana, demonstrando que nesta época o Japão mantinha relações políticas e económicas próximas com a Ásia Continental, através da Coreia. De facto, encontraram-se espelhos de bronze feitos do mesmo molde de ambos os lados dos estreitos.
         Esta sociedade teve o seu maior desenvolvimento na região de Kinai e na parte Este do mar interior de Seto (mar que separa Honshu, Shikoku, e Kyushu). Os governantes japoneses desta época chegaram a enviar pedidos formais à corte chinesa para que confirmassem os seus títulos reais.
         Considera-se que o período Kofun acabou em 538, quando o uso dos elaborados kofun pelos Yamato e outras elites se perdeu, devido às novas crenças budistas, que punham maior ênfase no carácter efémero da vida humana. O uso de kofun manteve-se contudo até ao final do século VII, por pessoas comuns e elites de regiões distantes, e túmulos simples mas selectos continuaram a ser usados durante o período seguinte.
         Foto:Armadura em ferro
         Museu Nacional de Tóquio
         Asuka
         O período Asuka é o nome por que é conhecido o período da história do Japão compreendido entre 538 e 710 d.C.
         O nome deste período provém da região Asuka, a sul da actual Nara, onde se situaram temporariamente, durante este período, numerosas capitais do império. O período Asuka é conhecido pelas relevantes transformações artísticas, sociais e políticas ocorridas, cujas origens remontam ao anterior Período Kofun.
         No campo artístico, a expressão estilo Tori é largas vezes usada para fazer referência ao período Asuka. Isto deve-se ao facto de o escultor japonês Kuratsukuri Tori, neto de um imigrante chinês, ter trazido o para o Japão o estilo da dinastia Wei do Norte.


  1. Periodo Nara 710-794


         No início do século VIII, a Imperatriz Gemmei transferiu a capital do Japão para a cidade de Nara. Até então a capital (ou sede do trono) se deslocava com frequência na região, girando em torno das cidades de Nara, Kyoto e Osaka. A cidade de Nara foi construída com o propósito de aí se instalar a corte imperial e foi baseada na capital chinesa, Chang-na.
         A construção de uma cidade propositadamente para a aristocracia imperial, onde florescia a escrita e filosofia chinesa, as sedas, o budismo, aprofundou o fosso entre a corte e a população, que vivia em pequenos vilarejos de casas escavadas, e reverenciava os kami das forças da natureza. A capital de Nara representa uma quebra definitiva da aristocracia japonesa com as suas raízes nos uji.
         O desenvolvimento mais importante neste período foi o florescimento do budismo. Várias escolas de pensamento da China chegaram até ao Japão. Apesar disso o budismo continuaria a ser visto como um fenómeno da capital e da aristocracia.
         Os mais antigos documentos existentes sobre mitologias e lendas do período pré-histórico do Japão foram publicados neste período, como o Kojiki (em 712) e o Nihonshoki (em 720). Em 760 ocorreu a publicação de Man'yōshū, antologia poética.
         Este período também se destacou pela invenção dos silábicos japoneses Katakana e Hiragana, em meados de 750.
         Apesar de ter sido construída propositadamente para instalar a corte e assegurar alguma estabilidade no governo do país, a capital seria mudada várias vezes depois de quatro dos filhos do Imperador Fujiwara terem sido vítimas de um surto de varíola.
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         Foto:Réplica de página do Manyushu
         Em 743 o Imperador Shomu, budista devoto ordenou a construção do Todai-ji (Grande Templo do Este) que é até hoje a maior construção de madeira no mundo, e uma enorme estátua de Buda em bronze no interior. Esta devoção continuou no reinado da sua filha, Imperatriz Koken em 749 que trouxe vários sacerdotes budistas para a corte. Em 758 a Imperatriz abdica e ascende ao trono o Imperador Junnin. Em 761 a retirada Imperatriz Imperatriz Koken é curada de uma doença desconhecida pelo sacerdote budista Dokyo e promove-o a uma das maiores autoridades budistas no reino. Esta relação faz com que hajam rumores de que Koken e Dokyo estariam envolvidos. Chegam a haver oráculos predizendo que o sacerdote seria o próximo imperador.
         Foto:Todai-ji - A maior construção de madeira no mundo
         	


         O Imperador Junnin e o primo de Koken, Fujiwara no Nakamaro, tentam acabar com esta situação, mas a conspiração não vai longe e Koken consegue depor o Imperador Junnin e tornar ao poder em 764, desta vez sob a designação de Imperatriz Shotoku. A Imperatriz encomenda um milhão de amuletos, sob a forma de pequenas pagodas com um encantamento no interior e espalhados pelos templos budistas, na tentativa de dominar o clero budista, possivelmente no intuito de tornar Dokyo no próximo imperador. Em 770 a Imperatriz morre e Dokyo perde influência e refugia-se na província de Shimotsuke. As acções da Imperatriz Koken chocam a sociedade Nara e as mulheres são excluídas da linha de sucessão ao trono e os sacerdotes budistas são retirados de cargos políticos.
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         Foto:Daibutsu - O Grande Buda


  1. Periodo Heian 794 - 1185
         Foi o período da história japonesa em que o confucionismo e outras influências da cultura chinesa estavam em sua plenitude. O período Heian é considerado o auge da corte imperial japonesa, e foi um período voltado para o desenvolvimento das artes, especialmente poesia e literatura e marcado pela ascensão da classe samurai.
         O período Heian teve início em 794, após a mudança da capital do Japão para Heian kyō (actualmente Kyoto), pelo quinquagésimo imperador japonês, Kammu. Teoricamente a soberania seria do imperador mas na prática era a família Fujiwara. Para proteger os seus interesses nas províncias os Fujiwara tinham um exército particular, tal como outras famílias da nobreza. Houve algumas escaramuças entre os vários clãs levando a que as famílias aumentassem as suas fileiras. A classe samurai ganhava influência.


         O Imperador Kammu também tinha as suas próprias querelas. Em 801 estendeu o domínio imperial ao nordeste de Honshu ao subjugar os Emishi, um povo possivelmente descendente dos Jomon. No entanto o poder do país era mantido num ténue equilíbrio.
         Após a morte do Imperador Kammu, o poder foi disputado pelos seus dois filhos, chegando o mais velho ao poder, o Imperador Heizei. Após três anos de governação, Heizei adoeceu e temendo não sobreviver abdicou em favor do seu irmão mais novo, Imperador Saga em 809.
         O reino Tang da China, o reino que mais influência tinha no Japão começou a cair em declínio e os japoneses começaram a desconfiar da eficácia das políticas chinesas, que tinham adoptado até á data. O Japão começou a virar para dentro.
         Foto: Imperador Kammu
         A família Fujiwara continuava a adquirir terras e aumentar o exército, e após a morte do Imperador Daigo pouco antes do ano 1000, Fijiwara no Michinaga, chefe da família, controlava a sucessão do trono.
         A família Fujiwara era apreciadora de arte e grandes obras de poesia e literatura fluoresciam. São deste período obras como a Genji Monogatari, a História de Genji, de Murasaki Shikibu, considerada uma das maiores obras literárias japonesas. Entretanto várias seitas budistas espalhavam-se pelo território.
         Com o aumento da população, os recursos alimentares começaram a escassear e a competição entre clãs rivais por terras levaram a um declínio do poder dos Fujiwara. O tempo de paz estava a terminar.
         Foto:Fujiwara no Michinaga
         	
         A influência dos Fujiwara terminou com a ascensão ao trono do Imperador Go-Sanjo em 1068, o primeiro imperador não nascido do seio Fujiwara desde o Séc.IX. No poder o Imperador tomou medidas para retirar ainda mais poder aos Fujiwara, instituindo decretos que retiravam terras que não estivessem devidamente certificadas. Instituiu também um órgão de governação central, o insei, dirigido por imperadores retirados, mas que detinham grande influência.
         Apesar do declínio, a os elementos da família Fujiwara mantiveram os cargos, mas formam substituídos aos poucos por elementos dos Minamoto, um clã rival. Os Fujiwara envolveram-se em disputas internas e dividiram-se em duas facções, do Sul e do Norte.


         O sistema insei dominaria o poder tal como a linha sucessória do trono, até 1156, altura em que os Fujiwara se aliaram ao retirado Imperador Go-Shirakawa contra os clãs Taira e Minamoto, pela sucessão ao trono. Os Fujiwara foram destruídos e o sistema insei perdeu o poder. Os dois clãs vitoriosos viraram-se um contra o outro e os Taira dominaram os vinte anos seguintes, mas a falta de capacidade para gerir uma nação levaria a que os Minamoto chegassem ao poder ao vencer a Guerra de Genpei pela figura de Minamoto no Yoritomo.
         Foto:Guerra de Genpei
  1. Periodo Kamakura 1185 - 1333
         Com a ascensão ao poder de Minamoto Yoritomo, a capital mudou para Kamakura e deu início ao primeiro shogunato da história do Japão. Os clãs Fujiwara e Taira, vencidos, encontravam refugio junto da corte imperial, desprovida de poder mas sempre envolta em luxúria, enquanto o Shogun (general) governava em seu nome. Yorimoto era o verdadeiro líder do Japão, basicamente porque mais ninguém tinha a capacidade militar para se lhe opor, nem mesmo o Imperador que mantinha a sua posição simbólica, mas apenas pela tradição, que o Shogun respeitava, pois o que era realmente importante, o poder, estava do seu lado. Esta é a essência do Shogunato.
         Minamoto no Yoritomo
         Batalha na Guerra de Genpei
         	
         Em 1192, Minamoto Yoritomo recebe do Imperador a nomeação de Sitai-Shogun que lhe dá a hereditariedade do cargo, assegurando a continuidade do poder dentro do clã, um tipo de regime conhecido como bafuku.
         Esta estabilidade de governo trouxe ao Japão uma relativa prosperidade. A população aumentou, os povoados começaram a crescer e alguns converteram-se em cidades. Ampliou-se o comércio com a China, com aquisição de riquezas e novas ideias. O código de honra dos samurais, de uma simples série de lealdade feudais, transformou-se em vigoroso código moral, que se manteve nos séculos posteriores.
         Yoritomo morre em 1199 e deixa o cargo ao seu filho Minamoto no Yoriie. Com o poder, Yoriie herda do pai também os conflitos internos dentro do clã além das rivalidades com as outras famílias. É nesta altura que Hojo Tokimasa da família Hojo, ironicamente um ramo do clã Taira, é nomeado Shinkken, regente do Shogun. Da mesma forma que o Minamoto Yoritomo foi retirando poder ao Imperador, também Hojo Tokimasa foi retirando poderes ao Shogun.
         Em 1221 tensões crescentes entre levam a conflitos armados, na Guerra de Jokyu, que opôs o Shinkken Hojo Yoshitoki e o imperador retirado Go-Toba. As forças de Hojo ganham a guerra com alguma facilidade e aumentam os poderes do shogunato.
         Samurais abordam os navios mongóis.
         Entretanto, o império mongol estendia-se por grande parte da China e por toda a península coreana. Kublai Khan, imperador mongol exigiu tributos ao Japão, obviamente negados tanto pela corte imperial como pelo shinkken Hojo, que agora detinha poder suficiente para nem sequer consultar o shogun nas decisões em seu nome. O Japão tratou de se preparar para a guerra. . E em 1274 ela chegou. Mais de 600 navios mongóis com uma força combinada de mais de 23.000 chineses, coreanos e mongóis chegam á costa de Kyushu. Estas forças usavam métodos diferentes dos samurais japoneses, com granadas combustíveis, catapultas e grandes massas de soldados devastando tudo á sua passagem. Os samurais locais, nada habituados a estas tácticas, bem como os generais, sem experiência em controlar grandes grupos de soldados, não foram grande resistência aos mongóis. Na baía de Hakata as forças japonesas faziam o melhor para resistir até á chegada de reforços. Cerca do anoitecer, uma tempestade abateu-se sobre o local e as tropas mongóis embarcaram para não correrem o risco de ficar presos em solo japonês caso os barcos tivessem que fugir para mar alto. Ao amanhecer, apenas alguns navios tinham resistido á tempestade. Os pequenos barcos japoneses, ágeis e rápidos, abordaram os navios inimigos. Encurralados em espaços confinados onde não podiam usar a força dos números, os mongóis foram facilmente derrotados pelos samurais, especialistas no combate corpo a corpo. Certos de uma segunda invasão, o shinkken não perdeu tempo a reagrupar as suas forças e construir defesas mais sólidas, nomeadamente nas ilhas Kyushu, com o objectivo de não cair nos erros anteriores.
         Convencido de que se tratou de sorte dos japoneses, Kublai Khan reagrupa e rearma, preparando-se para tentar a invasão uma segunda vez.
         Em 1281 a frota coreana parte mas é repelida em Tsushima. Reagrupando-se com a frota chinesa, e partem para o Japão. As forças de Khan tomam Ikishima e avançam para Kyushu. Desta vez desembarcam em vário pontos diferentes do território dividindo as suas forças. Um erro estratégico pois o seu grande trunfo era a grande massa de tropas. Apesar de estarem em forte inferioridade numérica, os samurais forçam a retirada dos mongóis para os barcos. As forças mongóis tentam o desembarque na baía de Hakata, mas esta encontrava-se fortemente fortificada, e o desembarque não é possível. Um forte tufão varre a baía durante dois dias seguidos e quase toda a frota de Khan é destruída.
         Encurralados na Baía de Hakata as forças mongóis não conseguiram ultrapassar as muralhas costeiras dos japonêses.
         A força do exército mongol residia na força da massa de soldados atacando em conjunto e Kublai Khan preocupou-se em desembarcar as suas forças em terra e não propriamente com a sua força naval. Para transportar a quantidade de homens necessárias á invasão Khan recrutou os barcos disponíveis na China e na Coreia. Estes eram barcos de rio, de fundo chato, não propícios a navegar em mar alto, quanto mais resistir a tufões.
         Os dois tufões que destruíram por duas vezes a frota mongol foram designados de vento divino, ou kamikaze em japonês.
         A invasão mongol foi um esforço para a economia japonesa e os impostos tiveram de ser aumentados. Os clãs que ajudaram na guerra não puderam ser recompensados levando a alguma animosidade para com o shogun. Várias famílias viram os seus terrenos desagregados pelas divisões de heranças dos que tinhas morrido, e vários samurai tornaram-se ronin, guerreiros sem senhor, e dedicaram-se ao roubo.
         O Shinkken Hojo tentou apaziguar os grandes clãs dando-lhes mais poderes. Permite também que hajam duas linhas de sucessão ao trono, a Corte do Norte e a Corte do Sul, que alternassem na sucessão do imperador.
         Em 1331 o Imperador Go-Daigo, da Corte do Sul, nomeia como herdeiro ao trono o seu filho, tentando retirar ao shogun, na pessoa do shinkken, seu regente, o poder de decidir a sucessão, e é exilado. Alguns clãs rebelam-se contra o shinkken Hojo e em conjunto com as forças imperiais derrotam o clã Hojo e acabam com o poder do shinkken e do shogun.
         Imperador Go-Daigo tinha frequentemente pesadelos com fantasmas.
         Reforma Kemmu
         Em 1333 o Imperador Go-Daigo emprega uma serie de reformas, na tentativa de recuperar o poder governamental e a autoridade sobre os exércitos. Mas os clãs que o ajudaram contra Kamakura estavam interessados em derrotar os Hojo e aceder ao poder, não em apoiar o imperador. Ashikaga Takauji, chefe do clã Ashikaga, que tinha ajudado o imperador contra os Hojo chega mesmo a pedir ao Imperador Go-Daigo o cargo de shogun, mas é rejeitado terminantemente. Em 1336 Ashikaja Takauji, alia-se á Corte do Norte numa guerra civil que ficaria conhecida como a Guerra das Cortes, contra o Imperador Go-Daigo. O Imperador é exilado e Ashikaga sobe ao poder como novo shogun. A Guerra das Cortes continuaria até 1392.


  1. Periodo Muromachi 1336-1573
         Ashikaga Takauji
         	
         Enquanto no Período Kamakura tinha havido um equilíbrio entre o shogunato e a corte imperial, na era de Ashikaga o imperador perdeu completamente o seu lugar na governação do País. No entanto o regime bafuku de Ashikaga não era tão forte como o de Kamakura havia sido. A guerra civil pairava, e as duas cortes guerreavam entre si . Takauji morre em 1358 e deixa o shogunato ao seu filho Yoshiakira que morre em 1367. O seu filho, Yoshimisu, herda os destinos do Japão com apenas 11 anos. Em 1368 restabelece uma importante relação de comércio com a China Ming, e em 1378, muda a sua base para o distrito de Muromachi em Kyoto, dando assim o nome ao período.
         Ashikaga Yoshimisu dá aos líderes regionais poderes reforçados que passam a ter a designação de Daimyo. Eventualmente desenvolveu-se um equilíbrio de poder entre o shogun. As três mais proeminentes famílias Daimyo alternavam entre si em Kyoto como delegados do shogun.
         Yoshimisu tem finalmente sucesso em reunificar as duas cortes em 1392, mas em vez de levar a um maior equilíbrio nas linhas de sucessão, a Corte do Norte ganhou o controlo do trono daí em diante. Depois de Yoshimisu morrer em 1408, a sua própria linha de sucessão enfraqueceu e foi perdendo poder para os daimyo e outras famílias influentes. A decisão do shogun sobre a sucessão imperial tornou-se inócua e os daimyo apoiavam os seus próprios candidatos. Eventualmente o clã Ashikaga envolveu-se em lutas internas pela sucessão que culminaram com a Guerra de Onin em 1467, que durante dez anos devastaram Kyoto e acabaram com a autoridade do bafuku. O vazio deixado mergulhou o Japão em mais de um século de anarquia.
         A Guerra de Onin fragmentou completamente o território, lançando camponeses contra os seus senhores, samurais contra os seus daimyo, e todo o poder central desapareceu.
         Os domínios regionais que resultaram da guerra eram mais fáceis de controlar. Muitos samurais que tinham destronado os seus senhores tornaram-se pequenos daimyo. Fronteiras e defesas foram reforçadas e castelos fortificados foram construídos para proteger os novos domínios. Estradas foram construídas e minas foram abertas. Novas leis internas forneceram meios práticos de administração e mesmo regras de comportamento foram implementadas. Alianças foram formadas e mantidas através de casamentos entre famílias. A sociedade aristocrática tornou-se extremamente militarizada controlando o resto da população através de um regime de vassalagem. Os novos daimyo controlavam directamente as suas terras, mantendo os subordinados em subserviência permanente em troca de protecção.
         Navios estrangeiros (nanban) aportando no Japão
         Em 1543 Fernão Mendes Pinto, aventureiro e explorador português, aportou no sul de Kyushu e estabeleceu o primeiro contacto de ocidentais com o Japão. Em apenas dois anos uma rota de comércio estava estabelecida entre os mercadores portugueses e os japoneses. Os portugueses levavam essencialmente seda e porcelana da china, mas o que interessava principalmente aos clãs japoneses eram os arcabuzes e canhões, armas de fogo a que o Japão nunca tinha tido acesso.
         S. Francisco de Xavier chega ao Japão em 1549, e dá a conhecer o cristianismo e a Companhia dos Jesuítas aos japoneses que vêm nesta nova religião um meio de obter maiores acordos comerciais. De camponeses a grandes senhores, samurais e daimyos, vários formam os convertidos, e o cristianismo espalhou-se fácil e rapidamente.
         Uma das pessoas que mais aproveitou estas novas armas foi Oda Nobunaga, de um clã de médias dimensões, que aproveitou as lutas internas dos vários clãs mais poderosos, entre os quais os Ashikaga, para, em conjunto com os seus aliados, Tokugawa Ieyatsu, filho de um daimyo e Toyotomi Hideyoshi, descendente de camponeses, iniciar uma campanha pelo poder.
         Em 1568, Oda Nobunaga invade Kyoto e entra em conflito directo com o clã Ashikaga. Esta altura é conhecida como Período Sengoku. Em 1573, Oda Nobunaga derrota o clã Ashikaga e sobe ao poder começando o Período Azuchi-Momoyama.


  1. Periodo Azuchi-Momoyama 1573 – 1600


         Nobunaga tinha a capital e o shogunato, mas ainda estava longe da unificação. Constrói um magnífico e fortificado castelo em Azuchi, e volta a sua atenção para o restante território ainda por pacificar. Envia os seus generais e respectivos exércitos para várias regiões. Toyotomi Hideyoshi é incumbido de subjugar o clã Mori a oeste de Honshu. Em 1582, Hideyoshi pede ajuda a Nobunaga contra os Mori, mas Nobunaga é obrigado a cometer seppuku, suicídio, por um dos seus generais, Akechi Mitsuhide, pela morte da sua mãe.
         Foto:Oda Nobunaga
         Toyotomi Hideyoshi e Tokugawa Ieyatsu sabendo do assassinato apressam-se a vingar Nobunaga, com o objectivo de ficarem com o cargo. Hideyoshi chega em 1583 derrota Mitsuhide na Batalha de Yamazaki. Colocava-se agora a questão da sucessão de Nobunaga. Nobunaga tinha vários filhos mas Hideyoshi não tinha intenção de deixar o poder para nenhum deles e entra em conflito directo com a família Oda e clãs aliados como o de Tokugawa. Em 1586, após um impasse no conflito, Hideyoshi envia a sua própria mãe e irmã mais nova a Ieyatsu para que fiquem como reféns e acabar com o conflito. A táctica resulta e o clã Tokugawa acede em ficar ao serviço de Hideyoshi. É atribuído o título de kanpaku a Hideyoshi, poucos degraus abaixo de shogun e em 1590 á frente de 200.000 homens acaba com a restante oposição, unificando o Japão.
         Foto:Toyotomi Hideyoshi
         	
         Hideyoshi nunca chega a obter o título de shogun pois este estava reservado á aristocracia e os Toyotomi descendiam de camponeses. Mas indiscutivelmente o poder era seu.
         Institui uma série de reformas começando pela distribuição de terras consoante a capacidade de produção de arroz, a maior riqueza na altura.
         Proíbe também a posse de armas por pessoas sem estatuto de samurai, iniciando uma caça ás armas conhecida como katanagari.
         Hideyoshi preocupava-se também com a manutenção do poder, e tomou várias medidas para controlar os clãs mais poderosos, enviando-os para territórios afastados da capital.
         A atenção de Hideyoshi também estava na China que desejava conquistar. Em 1592 envia uma força de 200.000 homens passar pela Coreia á força para chegar ao reino Ming. A Coreia e a China unem-se e os esforços japoneses são gorados e as invasões terminam em 1598 com a morte de Hideyoshi.
         Batalha de Sekigahara
         Os vários clãs com pretensões ao poder colocaram-se em marcha e em 1600 Tokugawa Ieyatsu vence a Batalha de Sekigahara e em 1603 toma o poder e inicia o Período Edo.


  1. Periodo Edo 1603-1868 (Restauração Meiji 1868)



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