Motoyoshi Ue
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- | Nasci em 8 de agosto de 1926, na cidade de [[Hiroshima]], no [[Japão]]. Em novembro de 1932 embarquei com a minha família, no porto de [[Kobe]], em direção ao Brasil, chegando ao porto de Santos no dia 11 de janeiro de 1933. Viemos, meus pais, '''Motohei''' e '''Ryo''', meus irmãos '''Toyoko''' (16), '''Assako''' (10), '''eu''' (7), '''Kenkichi''' (4) e '''Mitsuo''' (1). | + | '''Motoyoshi Ue''' nasceu no dia 8 de agosto de 1926, na cidade de [[Hiroshima]], no [[Japão]]. Em novembro de 1932 embarcou com a família, do porto de [[Kobe]] e chegou ao Brasil no dia 11 de janeiro de 1933. Veio, aos sete anos, com os pais, '''Motohei''' e '''Ryo''', irmãos '''Toyoko''' (16), '''Assako''' (10), '''Kenkichi''' (4) e '''Mitsuo''' (1). |
- | Logo que chegamos ao porto de Santos fomos informados, pelo Consulado do [[Japão]], que deveríamos seguir para Presidente Bernardes/ SP, onde trabalharíamos num sítio de propriedade de parentes. E até porque havia uma determinação governamental para que todos os imigrantes trabalhassem em propriedades agrícolas. Ao menos, por alguns anos. Seguimos então para aquela cidade num trem da Estrada de Ferro Sorocabana. Somente lá é que ficamos sabendo que o proprietário, Sr Okamoto, era casado com uma prima nossa que já morava no Brasil há alguns anos. Essa propriedade se localizava a 11 km da cidade e para percorrer essa distância tivemos de fazer uso de uma carroça. No começo, papai e minhas irmãs trabalharam no cafezal. Minha mãe, por não ter se adaptado ao clima, teve a saúde debilitada e vindo a falecer no ano seguinte ao de sua chegada ao Brasil, com apenas 36 anos, em 5 de fevereiro de 1934. Quatro anos depois, mudamos para o município de Piquerobi onde passamos a trabalhar em uma plantação de algodão. Essa propriedade pertencia ao Sr Inoue, um japonês também nascido em Hiroshima. Nessa mesma época, minha irmã, Toyoko, casou-se com Saburo Yoshihara, proprietário de um sítio, também nesse município. E, assim, todos, nos mudamos para lá e continuando com a plantação de algodão. | + | Logo que chegaram ao porto de Santos foram informados pelo Consulado do [[Japão]] que deveriam seguir para Presidente Bernardes, onde trabalhariam em um sítio de propriedade de parentes. |
- | Aos 12 anos, comecei a freqüentar uma escola brasileira no período da manhã e, à tarde, uma japonesa. Porém, com a guerra do [[Japão]] contra a China e, a seguir, início da 2ª Guerra Mundial, sob a influência dos Estados Unidos, o Brasil entrou na guerra com os aliados e em posição contrária aos dos países do Eixo, formado pelo [[Japão]], Itália e Alemanha. A conseqüência foi que, uma das primeiras medidas do governo brasileiro proibia o funcionamento de escolas japonesas. Isso, porém, não me impediu de estudar, às escondidas, à noite, aproveitando a tênue claridade de uma vela. Depois, por saber falar a língua portuguesa, passei a ser o responsável pela família porque meu pai jamais aprendeu a nossa língua. | + | [[Image:Ue_pai_250.jpg|right]] |
- | Três anos depois, deixamos a propriedade do cunhado e voltamos a trabalhar com o Sr Okamoto, que vendera a propriedade anterior e adquirira outra nos arredores de Presidente Bernardes. Isso facilitou os meus estudos e a prática esportiva, que tanto gostava. Tanto que cheguei a me sagrar campeão, diversas vezes, em vários torneios de atletismo, em corridas de longa distância, nas modalidades de 5mil e 10 mil metros, defendendo sempre as cores da Alta Sorocabana. | + | Seguiram então para aquela cidade num trem da Estrada de Ferro Sorocabana. Somente lá é que ficaram sabendo que o proprietário, Sr '''Okamoto''', era casado com uma prima deles e que já morava no Brasil havia alguns anos. A propriedade se localizava a 11 km da cidade e para percorrer essa distância tiveram de fazer uso de uma carroça. No começo, apenas o pai e irmãs, trabalharam no cafezal. A mãe, por não ter se adaptado ao clima, com a saúde debilitada e veio a falecer no ano seguinte ao da chegada ao Brasil, com apenas 36 anos. Quatro anos depois, mudaram-se para Piquerobi onde passaram a trabalhar com algodão em uma propriedade que pertencia ao Sr Inoue, um japonês nascido também em Hiroshima. Nessa época, a irmã mais velha, Toyoko, casou-se com Saburo Yoshihara, proprietário de um sítio, também do município. Assim, todos se mudaram para lá, continuando com a plantação de algodão. |
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+ | Aos 12 anos, '''Motoyoshi''' começou a freqüentar uma escola brasileira no período da manhã e, à tarde, uma japonesa. Porém, com o início da 2ª Guerra Mundial e o Brasil entrando com os aliados, em oposição aos dos países do Eixo, do qual o [[Japão]] pertencia, a conseqüência foi a proibição do funcionamento das escolas japonesas no país. O que não o impediu de estudar às escondidas. Por isso, mais tarde, por também dominar a língua portuguesa, passou a ser o responsável da família. | ||
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+ | [[Image:Ue_escola.250.jpg|center]] | ||
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+ | Três anos depois, deixaram a propriedade do cunhado e voltaram a trabalhar com o Sr Okamoto, que vendera a propriedade anterior e adquirira outra nos arredores de Presidente Bernardes. Isso facilitou seus estudos e a prática esportiva de que tanto gostava. Tanto que chegou a se sagrar campeão em várias provas, em corridas de longa distância, nas modalidades de 5mil e 10 mil metros, defendendo sempre as cores da Alta Sorocabana. | ||
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+ | No dia 19 de novembro de 1949, casou-se com '''Maria Yano''' (19), moradora de Presidente Prudente. Por ser primogênito, na tradição japonesa com a obrigação moral de cuidar dos pais, continuou morando com o pai. Os irmãos '''Kenkichi''' e '''Mitsuo''', foram trabalhar em uma firma japonesa, em outra cidade. | ||
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+ | Após o casamento, continuou a trabalhar no cultivo do algodão, em terras arrendadas em Presidente Bernardes por mais 4 anos. Através do irmão '''Kenkichi''', que trabalhava na cidade de Santo Anastácio, soube de um empreendimento que estava em franco desenvolvimento. Foi conhecê-lo. Acabou comprando um terreno no local, para onde se mudou, em 1953, já com os filhos Urbano e Lincoln, mais o pai, para essa vila que se chamava Palmital, hoje, Mirante do Paranapanema. | ||
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+ | E mudaram totalmente o rumo de seus negócios. Montaram um estabelecimento para vender bebidas e comestíveis que, mais tarde, transformaram-no em um armazém de secos e molhados. A maior parte da freguesia era de origem nordestina, vindos de Sergipe, Ceará, Alagoas e Pernambuco, com os quais mantém sólida amizade até hoje. | ||
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+ | O sucesso do empreendimento proporcionou-lhe que, em apenas 4 anos, pudesse adquirir um caminhão. Com a nova aquisição, passou a comprador de algodão e cereais, como atacadista, enquanto a esposa Maria cuidava do armazém. | ||
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+ | Tendo surgido, nessa época, um movimento para emancipação política do município e, envolvido pelas circunstâncias, Motoyoshi sentiu vontade de se tornar cidadão brasileiro. Assim, em 17 de novembro de 1959, seu processo de naturalização foi concretizado. No ano seguinte, tornou-se também eleitor e pode já participar da 1ª eleição municipal de Mirante do Paranapanema. O fato de ter se tornado cidadão brasileiro, segundo ele, foi movido pelo sentimento de gratidão pela acolhida, respeitado e valorizado que foi pelo povo de um país tão distante de sua terra natal. Até porque o fez se lembrar de que, tivesse ficado no Japão, fatalmente, teria sido morto, em 1945, quando a 1ª bomba atômica da história mundial caiu sobre [[Hiroshima]]. | ||
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+ | Com a crise do petróleo do petróleo, em 1972, achou melhor mudarem-se para a cidade de Teodoro Sampaio, próxima de sua propriedade rural no município do Mirante do Paranapanema, onde, inclusive, poderia atender às necessidades de escola dos filhos e dedicar-se, integralmente, à plantação de café e da criação de vacas leiteiras. Com isso, '''Motoyoshi''', acabou assistindo a uma cidade em formação, sem asfalto e que, em dias de chuva, depois de se percorrer kms de distância, carros e pessoas ficavam atolados na entrada da cidade. Acompanhou, pois, as colocações de asfalto local, bem como nas vias que ligam a todas as cidades vizinhas; testemunhou a chegada da Usina de cana-de-açúcar, a construção de Usinas elétricas, o progresso da cidade, o final dos cafezais, o movimento dos sem terra e, por fim, mais recentemente, a substituição do gado pela plantação de soja. | ||
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+ | Por ter vivenciado o desenvolvimento da cidade, acabou transferindo o seu título de eleitor para essa nova localidade, até porque foi onde o seu pai falecera e fora enterrado, e onde viu também aumentar seu círculo de amigos. Amigos nas alegrias, mas também nos piores momentos. Como em 2004, quando foi derrubado por um touro e teve de operar a cabeça, chegando a pegar uma infecção no cérebro e ficando hospitalizado por um mês inteiro, mas privado de suas atividades normais durante um ano inteiro. Durante esse período, amigos oraram por ele e sua família e graças a isso, segundo ele, Deus, deixou-o restabelecido e grato pelo carinho e amor que todos lhe dedicaram. | ||
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+ | Foi onde também, com a esposa '''Maria''', formou todos os filhos de forma a se considerar realizado e com a sua missão cumprida. '''Urbano''' casou-se com '''Célia''' que tiveram os filhos '''Erick''', '''Douglas''' e '''Sue Ellen'''; '''Lincoln''' com '''Regina''', com '''Júnior''' e '''Luana''', além dos enteados '''Leandro''' e '''Lidiane'''; '''Monika''', com '''Oswaldo'''; '''Zilda''' com '''Reinaldo''' e os filhos '''Júnior''', '''Renata''' e '''Jacqueline'''; '''Linda''' muito bem colocada profissionalmente e '''Makoto''' que se casou com '''Clarice'''. Os netos cresceram em Teodoro Sampaio e fazem questão de sempre visitá-lo. No ano passado, em novembro, '''Motoyoshi''' e '''Maria''' foram agraciados com a chegada da 1ª bisneta, '''Stefani'''. | ||
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+ | *[http://www.japao100.com.br ABRIL ] | ||
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+ | [[Categoria:Imigrantes]] |
Revisão atual
Motoyoshi Ue nasceu no dia 8 de agosto de 1926, na cidade de Hiroshima, no Japão. Em novembro de 1932 embarcou com a família, do porto de Kobe e chegou ao Brasil no dia 11 de janeiro de 1933. Veio, aos sete anos, com os pais, Motohei e Ryo, irmãos Toyoko (16), Assako (10), Kenkichi (4) e Mitsuo (1).
Logo que chegaram ao porto de Santos foram informados pelo Consulado do Japão que deveriam seguir para Presidente Bernardes, onde trabalhariam em um sítio de propriedade de parentes.
Seguiram então para aquela cidade num trem da Estrada de Ferro Sorocabana. Somente lá é que ficaram sabendo que o proprietário, Sr Okamoto, era casado com uma prima deles e que já morava no Brasil havia alguns anos. A propriedade se localizava a 11 km da cidade e para percorrer essa distância tiveram de fazer uso de uma carroça. No começo, apenas o pai e irmãs, trabalharam no cafezal. A mãe, por não ter se adaptado ao clima, com a saúde debilitada e veio a falecer no ano seguinte ao da chegada ao Brasil, com apenas 36 anos. Quatro anos depois, mudaram-se para Piquerobi onde passaram a trabalhar com algodão em uma propriedade que pertencia ao Sr Inoue, um japonês nascido também em Hiroshima. Nessa época, a irmã mais velha, Toyoko, casou-se com Saburo Yoshihara, proprietário de um sítio, também do município. Assim, todos se mudaram para lá, continuando com a plantação de algodão.
Aos 12 anos, Motoyoshi começou a freqüentar uma escola brasileira no período da manhã e, à tarde, uma japonesa. Porém, com o início da 2ª Guerra Mundial e o Brasil entrando com os aliados, em oposição aos dos países do Eixo, do qual o Japão pertencia, a conseqüência foi a proibição do funcionamento das escolas japonesas no país. O que não o impediu de estudar às escondidas. Por isso, mais tarde, por também dominar a língua portuguesa, passou a ser o responsável da família.
Três anos depois, deixaram a propriedade do cunhado e voltaram a trabalhar com o Sr Okamoto, que vendera a propriedade anterior e adquirira outra nos arredores de Presidente Bernardes. Isso facilitou seus estudos e a prática esportiva de que tanto gostava. Tanto que chegou a se sagrar campeão em várias provas, em corridas de longa distância, nas modalidades de 5mil e 10 mil metros, defendendo sempre as cores da Alta Sorocabana.
No dia 19 de novembro de 1949, casou-se com Maria Yano (19), moradora de Presidente Prudente. Por ser primogênito, na tradição japonesa com a obrigação moral de cuidar dos pais, continuou morando com o pai. Os irmãos Kenkichi e Mitsuo, foram trabalhar em uma firma japonesa, em outra cidade.
Após o casamento, continuou a trabalhar no cultivo do algodão, em terras arrendadas em Presidente Bernardes por mais 4 anos. Através do irmão Kenkichi, que trabalhava na cidade de Santo Anastácio, soube de um empreendimento que estava em franco desenvolvimento. Foi conhecê-lo. Acabou comprando um terreno no local, para onde se mudou, em 1953, já com os filhos Urbano e Lincoln, mais o pai, para essa vila que se chamava Palmital, hoje, Mirante do Paranapanema.
E mudaram totalmente o rumo de seus negócios. Montaram um estabelecimento para vender bebidas e comestíveis que, mais tarde, transformaram-no em um armazém de secos e molhados. A maior parte da freguesia era de origem nordestina, vindos de Sergipe, Ceará, Alagoas e Pernambuco, com os quais mantém sólida amizade até hoje.
O sucesso do empreendimento proporcionou-lhe que, em apenas 4 anos, pudesse adquirir um caminhão. Com a nova aquisição, passou a comprador de algodão e cereais, como atacadista, enquanto a esposa Maria cuidava do armazém.
Tendo surgido, nessa época, um movimento para emancipação política do município e, envolvido pelas circunstâncias, Motoyoshi sentiu vontade de se tornar cidadão brasileiro. Assim, em 17 de novembro de 1959, seu processo de naturalização foi concretizado. No ano seguinte, tornou-se também eleitor e pode já participar da 1ª eleição municipal de Mirante do Paranapanema. O fato de ter se tornado cidadão brasileiro, segundo ele, foi movido pelo sentimento de gratidão pela acolhida, respeitado e valorizado que foi pelo povo de um país tão distante de sua terra natal. Até porque o fez se lembrar de que, tivesse ficado no Japão, fatalmente, teria sido morto, em 1945, quando a 1ª bomba atômica da história mundial caiu sobre Hiroshima.
Com a crise do petróleo do petróleo, em 1972, achou melhor mudarem-se para a cidade de Teodoro Sampaio, próxima de sua propriedade rural no município do Mirante do Paranapanema, onde, inclusive, poderia atender às necessidades de escola dos filhos e dedicar-se, integralmente, à plantação de café e da criação de vacas leiteiras. Com isso, Motoyoshi, acabou assistindo a uma cidade em formação, sem asfalto e que, em dias de chuva, depois de se percorrer kms de distância, carros e pessoas ficavam atolados na entrada da cidade. Acompanhou, pois, as colocações de asfalto local, bem como nas vias que ligam a todas as cidades vizinhas; testemunhou a chegada da Usina de cana-de-açúcar, a construção de Usinas elétricas, o progresso da cidade, o final dos cafezais, o movimento dos sem terra e, por fim, mais recentemente, a substituição do gado pela plantação de soja.
Por ter vivenciado o desenvolvimento da cidade, acabou transferindo o seu título de eleitor para essa nova localidade, até porque foi onde o seu pai falecera e fora enterrado, e onde viu também aumentar seu círculo de amigos. Amigos nas alegrias, mas também nos piores momentos. Como em 2004, quando foi derrubado por um touro e teve de operar a cabeça, chegando a pegar uma infecção no cérebro e ficando hospitalizado por um mês inteiro, mas privado de suas atividades normais durante um ano inteiro. Durante esse período, amigos oraram por ele e sua família e graças a isso, segundo ele, Deus, deixou-o restabelecido e grato pelo carinho e amor que todos lhe dedicaram.
Foi onde também, com a esposa Maria, formou todos os filhos de forma a se considerar realizado e com a sua missão cumprida. Urbano casou-se com Célia que tiveram os filhos Erick, Douglas e Sue Ellen; Lincoln com Regina, com Júnior e Luana, além dos enteados Leandro e Lidiane; Monika, com Oswaldo; Zilda com Reinaldo e os filhos Júnior, Renata e Jacqueline; Linda muito bem colocada profissionalmente e Makoto que se casou com Clarice. Os netos cresceram em Teodoro Sampaio e fazem questão de sempre visitá-lo. No ano passado, em novembro, Motoyoshi e Maria foram agraciados com a chegada da 1ª bisneta, Stefani.