Grupo Escoteiro Caramuru

De Nikkeypedia

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Grupo Escoteiro Caramuru 26/SP

História

O Grupo Escoteiro Caramuru - 26º SP - foi criado no ano de 1953, por membros idealistas da comunidade japonesa em São Paulo, preocupados com o futuro de seus jovens, agravados pelo período pós-guerra. Essas preocupações sociais e humanitárias foram as raízes do Grupo e por ter essas raízes tão fortes que o Caramuru se mantém firme, passados mais de 50 anos.
Logo nos primeiros anos de sua fundação, o Grupo já estava praticando um bom escotismo e atuando em vários eventos nacionais e internacionais. As propostas do Escotismo no Caramuru eram divulgadas em jornais da época por seu fundador, Dr. Shizuo Hosoe, o que fez com que houvesse uma grande procura dos pais para poder colocar seus filhos no Grupo, criando também com o tempo, o sonho de se ter uma Sede maior e própria. A necessidade de atender essa demanda sempre forte, aliada à determinação de se praticar um bom escotismo, foi formando o maior grupo escoteiro do Brasil, que é hoje o Caramuru.
Uma característica do grupo é ser composta por um número grande de descendentes de japoneses, devido à sua história, mas o Grupo é aberto para a entrada de todas as famílias que queiram praticar o Escotismo.
Um pouco da sua história, algumas pessoas especiais, vocês vão perceber que várias famílias de mais de 50 anos passados permanecem conosco, participando com seus descendentes e amigos, fazendo a história do Grupo e como trabalhamos.

A Fundação

Caramuru era o apelido de Diogo Álvares Correa, português que, em 1510, naufragou perto da Bahia. Em tupi, caramuru significa "filho do trovão" ou "dragão do mar". Diogo Álvares passou a viver entre os índios, aprendeu sua língua e seus costumes, casando-se com Paraguaçu, filha de um dos chefes da tribo dos tupinambás.
Foi o nome escolhido para este Grupo Escoteiro, nem tanto pela imagem mais difundida de Caramuru, como aquele que colocou fogo na água (que na verdade era aguardente), mas sim por ter escolhido morar no Brasil, da mesma forma que os imigrantes japoneses que vieram para o Brasil.
Seu fundador, Dr. Shizuo Hosoe, em reuniões com amigos no consultório, concretizou a idéia de criar um pequeno grupo de escoteiros dentro da sociedade nipo-brasileira, após ter ouvido uma palestra sobre Escotismo dada pelo Visconde Mitiharu Mishima, líder do Movimento Escoteiro no Japão. Dr. Hosoe tinha em mente que o único meio para trazer a paz e a tranquilidade, a longo prazo, era educar os filhos jovens com idades de 6 a 8 anos.
Assim fundou-se o Grupo Escoteiro Caramuru, o primeiro da colônia, iniciando suas atividades numa pequena sala alugada na Av. Mercúrio, 564, começando com cerca de vinte e cinco pessoas, entre chefes e jovens. Pouco tempo depois, mais nove jovens se juntaram ao grupo.
Ainda hoje, muitos deles participam direta ou indiretamente no Grupo, na A.A.E.E.C., na UEB ou na SPDE. Da mesma forma, seus filhos ou netos continuam praticando Escotismo no Grupo.

As sedes provisórias

Com o rápido crescimento do grupo, o Caramuru teve que mudar para uma casa alugada na Rua do Glicério, 559, local sempre sujeito a inundações.
Em 1958 conseguiram o empréstimo dos porões da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa. Em seguida mudaram-se para um local embaixo da ponte da Av. Rangel Pestana (Rua Frederico Alvarenga), proximo à Secretaria da Fazenda.
Em 1962, retornaram para a casa dos fundos do terreno da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, na Rua São Joaquim, 381.
Em fins de 1964, inaugurou sua sede de oito por vinte e cinco metros, nos fundos do terreno emprestado da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, onde permaneceu até 1978, quando sua saída foi solicitada.
O Caramuru se instalou então, num imóvel emprestado à rua Muniz de Souza, 127, até que a sede própria foi construída.

A fundação da A.A.E.E.C.

O Grupo Escoteiro Caramuru foi criando fama de praticar um bom Escotismo, aumentando assim a procura de vagas, provocando um crescimento e a necessidade de uma sede maior e definitiva, onde pudesse se reunir para praticar as atividades escoteiras e também guardar os diversos materiais de Escotismo.
Esses problemas, somados aos casos até de inundações em algumas das sedes provisórias ocupadas pelo Grupo, preocupavam bastante toda a Família Caramuru.
Assim, em 1978, com a comemoração dos 25 anos de Grupo, foi criada a Associação dos Antigos Escoteiros e Escotistas Caramuru, por um grupo abnegado de ex-escoteiros e escotistas, que veio em auxílio ao Grupo, principalmente para solucionar o problema de não se ter uma sede definitiva.

A construção da Sede Própria

É importante ressaltar a importância da Associação dos Antigos Escoteiros e Escotistas Caramuru, que se reuniu para planejar, motivar as famílias e prover os recursos necessários, através de eventos, rifas, livros de ouro, etc., para comprar um terreno e construir as instalações da Sede definitiva do Grupo.
Assim, com o esforço e dedicação de toda a Família Caramuru, em novembro de 1981, foi inaugurada a sede em terreno de 600 m2, tendo um edifício de 3 andares, na rua José do Patrocínio, 550, com cerca de 800 m2 de área construída. Era a concretização dos sonhos de toda uma geração de famílias do Caramuru.

O Distrito Bandeirante Caramuru

O Distrito Bandeirante Caramuru, movimento feminino (nos moldes do Escotismo), foi criado em 3 de outubro de 1979, tendo um crescimento inicial rápido, devido ao forte Escotismo masculino que já existia no Grupo e logicamente à demanda reprimida que havia com as jovens irmãs dos elementos. Sua primeira presidente foi a Sra. Iracema Okamoto e as coordenadoras, Monica Hanashiro e Gina Naoko Kihara.
Com o tempo, a incorporação do Distrito Bandeirante Caramuru], formando um Grupo misto, foi sendo discutida, sendo que em 1987, essa fusão foi aprovada na Assembléia do Grupo. As mulheres que então participavam como fadinhas e bandeirantes Caramuru, passaram a fazer parte de um único movimento escoteiro, agora misto, o Grupo Escoteiro Caramuru, efetivamente em 1 de outubro de 1989, quando houve o cerimonial de Promessa Escoteira] das chefias dos Ramos Femininos.
No Brasil ainda existem mujitos Distritos Bandeirantes, femininos e também mistos, totalizando em torno de 7.000 elementos (em 2003).

A aquisição do Campo Escola

Em agosto de 1991, através de um acordo, o Caramuru recebeu autorização para utilizar o Clube de Campo do Nippon Country Club, em Juquitiba, por um período de 10 anos. Alguns anos mais tarde, a A.A.E.E.C. conseguiu adquirir o sítio, que passou a ser o Campo Escola Caramuru.
Para os chefes, era o sítio que idealizavam para a prática do Escotismo. Para os escoteiros, representava uma grande oportunidade de desenvolvimento de atividades atraentes, junto à natureza.
Na época da aquisiçao, só haviam três chalés, a casa do caseiro e o campo de futebol. Todas as outras benfeitorias, barracões para acantonamento, banheiros coletivos, jardim japonês, play-ground e outras, foram realizadas pelo Grupo.

A ampliação da Sede

Em 1998, a Sede é acrescida de mais 900 m2 (totalizando assim 1.500 m2), com a aquisição do terreno ao lado da Sede, também pela A.A.E.E.C., junto a toda a Família Caramuru. Diversas reuniões, que resultaram em uma série de decisões envolvendo as famílias, foram organizadas para poder arrecadar o restante necessário.
Doações em dinheiro através do Livro de Ouro, arrecadação do evento Yakibingo, doação de um carro Gol pela Hirai com a formação de um grupo de 50 consorciados e outros ganhos foram obtidos pela Família, conseguindo assi saldar a dívida. Assim, com o esforço de todos conseguimos ampliar a Sede.
Desde então, a Sede vem sendo melhorada, reformando-se pouco a pouco as instalações para a prática do melhor Escotismo e também acolher bem as famílias que nos visitam em diversos eventos, como o grandioso Bazar Caramuru anual (antigamente realizado no Colégio São Francisco Xavier, que a partir de 1999, passou a ser montado na própria Sede.


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