Final Fantasy VI

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Final Fantasy VI(ファイナルファンタジーVI Fainaru Fantajī VI) é um jogo eletrônico da série de RPG Final Fantasy para Super Nintendo, lançado em 1994 pela Square. Foi o último jogo da série lançado em um console Nintendo até 2003.

Esse jogo foi o terceiro da série a ser lançado na América do Norte(depois do Final Fantasy original e Final Fantasy IV, assim sendo retitulado e divulgado como Final Fantasy III. Diversas alterações foram feitas pela Nintendo of America, especialmente para remover referências religiosas e nudez.

O enredo é focado no conflito entre um império maligno e criaturas mágicas, as Espers, passado num mundo semi-vitoriano (conhecido em inglês como Steampunk), com tecnologia equivalente à época da Revolução Industrial. Pela primeira vez o jogo passa a mostrar um lado mais tecnológico do que medieval, mostrando por exemplo ferrovias. O jogo apresenta 14 personagens jogáveis (recorde na série) e traz assuntos polêmicos como suicídio e gravidez na adolescência.

FFVI teve uma conversão para Game Boy Advance, chamada Final Fantasy VI Advance e lançada em 2006 no Japão e em 2007 nos EUA, com novos equipamentos e aventuras a mais, além de gráficos levemente mais coloridos e nítidos.

Conteúdo

[editar] Jogabilidade

Como os outros da série, FF6 é dividido em 4 cenários: mapa, cidades, dungeons e batalha. No mapa, se guiam os personagens até os locais dos eventos. Há 4 maneiras de viajar: a pé (única forma de encontrar monstros para batalhar), chocobo, navio e aeronave.

Em cidades normais, há uma pousada (Inn), na qual se dorme e pode-se recuperar os danos de batalha; lojas de equipamentos, onde vendem equipamentos de defesa (escudos, capacetes e armaduras), de armas (diversas, como espada, lança e garra) e acessórios (relíquias com variados efeitos para as habilidades dos personagens), e uma "drogaria", com poções, tinturas e curativos em geral. Em todas as cidades há pessoas que passam informações e rumores.

Dungeons são esgotos, cavernas, florestas ou construções habitados por monstros e baús com itens geralmente não achados em lojas.

Algumas dungeons exigem divisão em 2 ou 3 grupos para resolver quebra-cabeças.

Em batalha há um sistema de menus, com as opções Fight (ataque), Item, Magic (usar magia) e uma habilidade única.

As batalhas rodam num sistema pseudo-tempo real chamado Active Time Battle, no qual todos os envolvidos esperam um tempo para atacar (o jogador tem barrinhas demonstrando o tempo).

Após as batalhas, os personagens ganham experiência (que eleva o nível), dinheiro e, às vezes, itens.

Há uma diferença para outros jogos do gênero: pode-se escolher um personagem para aparecer na tela de mapa/cidade entre todos os do grupo corrente; em outros jogos, o personagem que aparece não pode ser alterado ou todos os personagens aparecem caminhando em fila indiana.

Os grupos têm 4 personagens, que podem ser substituídos em uma cidade em certo ponto, e na aeronave na maior parte do tempo. Os personagens, ao atacar com baixa saúde, podem desferir ataques de desespero (desperation attacks), técnicas poderosas ao invés de um ataque normal.

Só dois personagens usam magias no começo do jogo, mas a maior parte deles pode aprender utilizando-se de Magicite, restos mortais de Espers. Magicite é usado também para a conjurar monstros. Os personagens podem se equipar com armas, escudos, capacetes, armaduras e relíquias.

O jogo geralmente dura de 40-50 horas, embora grande parte deste tempo consista de aventuras opcionais.

[editar] História

1000 anos antes do início do jogo, houvera a guerra dos Magi, no qual três deusas tornaram os humanos seres mágicos chamados Espers(criaturas como fadas, sátiros e unicórnios). Vendo o dano que faziam, as deusas libertaram os Espers e se tranformaram em estátuas. Ao fim da guerra, vendo as grandes diferenças, os Espers se fecham em um mundo próprio, isolando-se completamente do mundo dos homens. Com isso, a magia é abolida do mundo e a humanidade se vê com a necessidade de voltar seus olhos para a tecnologia novamente.

O planeta se reconstruiu, o homem redescobriu a pólvora e as máquinas a vapor. No tempo presente, o Império, uma potência maligna e emergente liderado pelo Imperador Gestahl e seus generais - Kefka Pallazzo, Celes Chere e Leo Cristophe - está tentando ressuscitar a magia, extraíndo o poder dos Espers. Numa tentativa de invadir o mundo selado dos Espers, Gestahl encontra Terra, uma garota filha de uma humana e de um Esper chamado Maduin, com a capacidade de usar a magia. Ele a cria no seio do Império e a escraviza para lutar em sua legião.

Numa missão, ela consegue escapar do domínio que lhe era exercido com a ajuda do "caçador de tesouros", Locke, e se une aos rebeldes Returners. Ao longo de suas lutas, os Returners testemunham inúmeras atrocidades cometidas por Kefka, general do Império, e conseguem aliados entre as vítimas de seus crimes (entre eles a ex-general Celes).

Após atacarem Espers na cidade de Thamasa, o mundo dos Espers passa a flutuar - e no Continente Flutuante, Kefka trai Gestahl, e usa o poder das três estátuas das deusas da magia para reconstruir o mundo à sua imagem, conseguindo poderes divinos e isolando os heróis.

Um ano depois desse incidente, o mundo perdeu as esperanças - e Celes acorda numa ilha isolada, e passa a procurar os Returners sobreviventes, que partem para atacar o vilão em sua gigantesca torre.

[editar] Personagens

  • Terra Branford (ティナ Tina) — Uma garota meio humana, meio Esper, capturada pelo Império quando invadiram o mundo dos Espers. Seu poder especial é Trance (Transe) que a transforma em Esper, dobrando seus poderes mágico e físico.
  • Locke Cole (ロック Lock) — Ladrão (embora ele prefira o termo "caçador de tesouros") que freqüentemente ajuda os Returners. Sua habilidade é Steal (Roubar), que é a tentativa de tirar um objeto do inimigo (com uma certa relíquia vira "Capture", atacando enquanto rouba).
  • Edgar Roni Figaro (エドガー Edgar) — O jovem rei de Figaro, Edgar fez uma aliança com o Império, mas ajuda secretamente os Returners. Sua habilidade é Tools (Ferramentas), que permite o uso de aparatos como a besta e a serra elétrica.
  • Sabin Rene Figaro (マッシュ Matthew) — Irmão gêmeo de Edgar, Sabin abandonou Figaro após a morte do pai e encontrou refúgio num dojo de artes marciais. Sua habilidade é o Blitz, que gera golpes poderosos a partir de combinações de teclas.
  • Shadow (シャドウ Shadow) — Um mercenário ninja, especializado em assassinatos e sempre acompanhado do seu cão, Interceptor. Sempre com comportamento frio, ele nunca revela nada do seu passado. A habilidade de Shadow é Throw (Arremesso), que consiste em arremessar itens e armas (como a shuriken ou espadas) nos inimigos.
  • Celes Chere (セリス Celes) — Uma ex-general do Império, presa por questionar as políticas imperiais. Quando criança, recebe transfusão de magia Esper por meio Magitek. A habilidade de Celes é a Runic (Rúnica), que absorve magias através de certas espadas, anulando seu efeito e absorvendo o total de MP.
  • Cyan Garamonde (カイエン Cayenne) — um guerreiro do reino de Doma, e o único sobrevivente do envenenamento do castelo. A habilidade de Cyan é Bushido, poderosos golpes de espada (embora os mais fortes demorem a serem ativados).
  • Gau (ガウ Gau) — Uma criança abandonada pelo pai, numa terra cheia de monstros conhecida como Veldt. A habilidade de Gau é o Rage (Fúria), que consiste em imitar o padrão de ataque dos monstros encontrados visitando a Veldt.
  • Setzer Gabbiani (セッツァー Setzer) — Um jogador mulherengo, Setzer viaja o mundo em sua aeronave sonhando com seu amor perdido, Daryl. Sua habilidade é o Slot (Caça-níquel), que imita um caça-níqueis, causando diversos efeitos. Pode se tornar GP Rain (ぜになげ Zeninage), que causa danos reduzindo o dinheiro do grupo.
  • Mog (モグ Mog) — Um moogle falante, e mascote não-oficial do jogo. A habilidade de Mog é Dance (Dança), diversas danças mágicas aprendidas em diferentes terrenos.
  • Strago Magus (ストラゴス Stragos) — Um mago idoso, Strago é descendente dos guerreiros da Guerra dos Magi. Sua habilidade é Lore (Conhecimento), que permite o aprendizado de ataques inimigos e utilização dos mesmos (também conhecida como Blue Magic).
  • Relm Arrowny (レルム Relm) — A neta de Strago, Relm é uma artista de habilidade. Seu poder é o Sketch (Desenho), que reproduz um ataque do monstro-alvo. Com uma relíquia, o comando torna-se Control (Controle), que controla o inimigo e lhe permite usar seus ataques.
  • Gogo (ゴゴ Gogo) — Um misterioso mímico encontrado em uma ilha distante. A habilidade de Gogo é Mimic (Mímica), copiar o último comando usado por qualquer aliado (embora possa equipá-lo com todos as habilidades alheias, exceto o Trance).
  • Umaro (ウーマロ Umaro) — Um yeti (ou sasquatch) vivendo em Narshe. Umaro não pode ser controlado (ele ataca sozinho). Ele pode utilizar alguns ataques diferentes com o uso de relíquias específicas.

Além desses 14 jogáveis, há também coadjuvantes como Gestahl Gastra, líder do Império; Kefka Pallazzo, o principal general do império (que em certo ponto trai Gestahl e vira um semi-deus); Leo Cristophe, outro general imperial, respeitado por todos; Cid del Norte Marguez, principal cientista do Império; e Banon, líder dos Returners.

[editar] Mudanças

Na versão em língua inglesa, houve mudanças, a mais óbvia a mudança de título, já que era apenas o terceiro Final Fantasy fora do Japão.

Nomes foram mudados tanto por restrição de espaço (Stragos-Strago; Phoenix Down-Fenix Down) quanto por diferenças culturais (o nome japonês de Terra, Tina, é exótico para japoneses, mas comum para americanos), mas com pequenos erros de tradução (o nome Biggs, em referência ao personagem de Star Wars Biggs Darklighter, virou Vicks).

Alterações foram feitas a pedido da Nintendo of America, eliminando traços de nudez, profanidade e referências ao fumo (fumaça saindo de casas apagada, estabelecimentos Pub virando Café) e religiosas (a magia Holy, sagrado, virou Pearl, pérola).

A versão de PlayStation parte da censura e altera alguns nomes.

[editar] Gráficos

Yoshitaka Amano, colaborador habitual da série Final Fantasy, fez os desenhos-base para a conversão no jogo. Algumas mudanças foram feitas, como o cabelo de Terra se tornar verde ao invés de loiro. No PlayStation, há cenas de vídeo em 3D inspirados nos desenhos conceituais ao invés dos do jogo.

O jogo faz bastante uso dos gráficos Mode 7 do Super NES, que dão uma perspectiva de três dimensões, ao invés das duas dimensões real.

[editar] Música

Nobuo Uematsu, que fizera a música dos outros jogos da série, retornou. A música de FFVI, com músicas diferentes para cada lugar, personagem e batalhas, é considerada uma obra-prima, e um CD triplo com a trilha sonora [1] foi bem vendido no Japão.

Um dos momentos mais célebres do jogo é uma ópera, a "Aria di Mezzo Carattere" (italiano: "Ária do meio personagem"). Devido às limitações sonoras do SNES, há uma imitação de um vocal acompanhando a melodia.

No CD Final Fantasy VI Grand Finale há uma versão orquestrada, com letras em italiano (amostra). Na versão do jogo para PlayStation, a aria é mostrada em um vídeo em 3D.

A série Orchestral Game Concerts inclui uma versão estendida da aria.

3 álbuns foram feitos com a trilha:

  1. Final Fantasy VI Original Sound Version, versões originais (lançado nos EUA, sob encomendas de correio, como Kefka's Domain)
  2. Final Fantasy VI Grand Finale, tocado pela Orchestra Synfonica di Milano.
  3. Final Fantasy VI Piano Collections, versões ao piano

[editar] Black Mages

A banda instrumental Japonesa The black Mages de Nobuo Uematsu remixou várias trilhas sonoras de videogame, inclusive quatro de Final Fantasy VI. Em 19 de fevereiro de 2003 a DigiCube lançou o disco The Black Mages no qual há versões remixadas de: Battle Theme a qual é tocada sempre que há um encontro de batalha; e The Decisive Battle que é tocada quando há uma batalha com inimigos mais poderosos.

Em 19 de março de 2008, a Dog Ear Records de Nobuo Uematsu lançou o Disco The Black Mages III: Darkness and Starlight, no qual há uma versão feita em Ópera Rock Japonesa da ópera motrada no jogo, a qual é bem mais extensa que a Ária de Mezzo Carattere, tendo 15:32 minutos,(aliás Darkness and Starlight seria o nome da própria Ópera do jogo).

[editar] Recepção

Final Fantasy VI vendeu 3,42 milhões de cópias [2], das quais 2,55 milhões no Japão, e em torno de 610 mil nos EUA. Fora elogiado pela crítica tanto no lançamento para SNES como no relançamento do PlayStation. Final Fantasy Anthology, que junta FFVI e FFV, vendeu aproximadamente 364,000 cópias. Embora as partes seguintes tenham vendido mais (Final Fantasy VII vendeu 2,5 milhões em um fim de semana), FFVI é um sucesso cult, tendo, por exemplo, sido eleito pelos usuários do site GameFAQs como o 10º melhor jogo da história.

[editar] Conversões

[editar] PlayStation

A versão para PlayStation mantém os gráficos e músicas, corrige alguns erros de tradução e defeitos da versão do Super NES, e inclui vídeos com animação em computadorizada, bem como um bestiário e uma galeria de arte, revelados à medida que o jogador progride. No Japão foi lançado primeiro individualmente em 1998, depois com FFIV e FFV em Final Fantasy Collection, e nos EUA com FFV em Final Fantasy Anthology, ambos em 1999. Na Europa e Austrália, por não ter sido lançado no SNES, foi lançado individualmente em 2002.

[editar] Game Boy Advance

Seguindo Final Fantasy I & II: Dawn of Souls (que inclui os 2 primeiros capítulos da saga), Final Fantasy IV e Final Fantasy V Advance, FFVI recebeu a versão Final Fantasy VI Advance, lançada em Novembro de 2006 no Japão e a ser lançada em Fevereiro de 2007 nos EUA. Como extras foram incluídos 4 novos Espers (Gilgamesh, Cactuar, Leviathan, e Diablos; o primeiro é um personagem recorrente da série surgido em Final Fantasy V, e o último vem de FFVIII) e equipamentos, uma nova tradução e um calabouço a ser explorado por três grupos.

[editar] Marcas registradas

Além do enredo típico, FF6 tem de similar com outros Final Fantasy:

[editar] Ligações externas

Ferramentas pessoais