Haiku

De Nikkeypedia

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Poema japonês de 17 sílabas (três versos de cinco, sete e cinco sílbas cada)

Exemplo:

Poema de Verão
Poema de Verão



ôta ko ni kami naburaruru atsusa kana

A criança às costas Brincando com meu cabelo — Que calor!

Sono-jo

hashii shite saishi o sakuru atsusa kana

Saio na varanda Para fugir da mulher e filhos. Que calor!

Buson

otoko bakari no naka ni onna no atsusa kana

Apenas homens, E uma mulher entre eles. Que calor!

Shiki

kumo no mine mizu naki kawa o watari keri

Cúmulos-nimbos Atravessando os céus Sobre o rio sem água.

Shiki

samidare o atsumete hayashi mogamigawa

Recolhendo toda A chuva do mês de maio Corre o rio Mogami.

Bashô

yûdachi ya kusaba o tsukamu murasuzume

Um aguaceiro — Os pardais da aldeia Se agarram ao capim.

Buson

yûdachi ni utaruru koi no atama kana

Chuva de verão. Os pingos batem Nas cabeças das carpas.

Shiki

junrei no bô bakari yuku natsuno kana

Apenas Os bastões dos peregrinos — Campo de verão.

Ishû

natsukawa o kosu ureshisa yo te ni zôri

O rio de verão — Que alegria atravessá-lo De sandálias à mão.

Buson

hiya-hiya to kabe o fumaete hirune kana

Refresca um pouco Pôr os pés na parede durante a sesta.

Bashô

hirune shite te no ugoki yamu uchiwa kana

Ao fazer a sesta, A mão que segura o leque Pára de se mexer ...

Taigi

me ni ureshi koigimi no ôgi masshiro naru

Que coisa linda, Agitando o leque branco, É o meu amor.

Buson

hito kitara kawazu to nare yo hiyashi uri

Oh, melões frescos, Se alguém aparecer, Transformem-se em rãs!

Issa


kyô nite mo kyô natsukashi ya hototogisu

Mesmo em Quioto, Saudade de Quioto — O canto do cuco ...

Bashô

chôchin no shidai ni tôshi hototogisu

Se afasta a lanterna Sumindo na escuridão — O canto do cuco.

Shiki

hototogisu naki naki tobu zo isogashiki

Olhe para o cuco Que só canta, canta e voa — Que vida ocupada!

Bashô

uguisu no naku ya chiisaki kuchi aite

O canto do rouxinol E seu biquinho — Aberto.

Buson

tobu ayu no soko ni kumo yuku nagare kana

Salta uma truta — Movem-se as nuvens No fundo do rio.

Onitsura

te no uchi ni hotaru tsumetaki hikari kana

Na palma da mão, Um vagalume — Sua luz é fria!

Shiki


shizukasa ya iwa ni shimiiru semi no koe

Quietude — O canto das cigarras Penetra nas rochas.

Bashô

yagate shinu keshiki wa miezu semi no koe

Nada indica Que ela vá morrer — Canta a cigarra.

Bashô

asakaze no ke o fukimiyuru kemushi kana

Veja o vento matinal Soprando os pêlos Da taturana!

Buson


ashimoto e itsu kitarishi yo katatsumuri

Quando é que você veio Para junto de meus pés, Oh, caramujo?

Issa

katatsumuri soro soro nobore fuji no yama

Caramujo, Suba sem pressa O Monte Fuji!

Issa

hae utsu ni hana saku kusa mo utarekeri

Ao matar a mosca A erva que tem flores Tambem esmagada.

Issa

waga yado wa kuchi de fuite mo deru ka kana

Em minha cabana É só assobiar Que vêm os mosquitos!

Issa

nomi no ato kazoenagara ni soeji kana

a mâe conta enquanto dá de mamar as picadas de pulga.

Issa

nomi domo mo yonaga darô zo sabishikaro

Também para as pulgas A noite deve ser longa E solitária.

Issa

rôsoku ni shizumarikaeru botan kana

Assim como a vela, Mergulhada no silêncio, A peônia

Kyoroku


ara tôto aoba wakaba no hi no hikari

Quão glorioso, Nas folhas verdes, folhas tenras, O brilho do sol!

Bashô


yamabata o kosame hareyuku wakaba kana

Entre a roça e a montanha, A chuvinha vai parando ... A folhagem nova!

Buson


hirugane ya waka take soyogu yama zutai

Sinos da tarde — Na passagem da montanha Tremula o bambu novo.

Jôsô

hasu no hana saku ya sabishiki teishajô

A solidão De uma estação de trem — Flores de lótus.

Shiki

keshi saite sono hi no kaze ni chiri ni keri

Abriu-se a papoula E ao vento do mesmo dia Ela veio ao chão.

Shiki

natsugusa ya tsuwamonodomo ga yume no ato

tudo o que restou dos sonhos dos guerreiros — Capim de verão

Bashô

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