Geografia do Japão

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Geografia do Japão

~ Cerca de ¾ da superfície do país é montanhosa.

A região de Chubu, no centro da ilha de Honshu, é conhecida como “o topo do Japão” por possuir diversas montanhas com mais de 3.000 m de altura.

O ponto mais alto do arquipélago é o Monte Fuji (3.776m), na província de Shizuoka, seguido do pico Kitadake, em Yamanashi, com 3.192m, e do Hotakadake, com 3.190m, entre Nagano e e Gifu.

O Japão possui nada menos que sete regiões vulcânicas que cobrem o país do extremo Norte ao extremo Sul. Do total de vulcões, cerca de 80 ainda estão ativos, como o Monte Mihara, na ilha Izu Oshima; Monte Asama, na divisa das províncias de Nagano e Gunma; e o Monte Aso, na província de Kumamoto.

O mais famoso vulcão é o Monte Fuji, um dos cartões postais do Japão, e que está adormecido desde 1707, quando ocorreu sua última erupção.

O território japonês abriga aproximadamente 1/10 dos cerca de 840 vulcões ativos em todo o planeta, embora tenha apenas 1/400 do total das terras do mundo.

Ainda que os vulcões sejam uma ameaça e possam causar grandes danos em caso de erupções, no Japão eles representam uma importante fonte de turismo tanto interna quanto externa. Regiões como Nikko, Hakone e a Península Izu, por exemplo, são famosas por suas primaveras quentes e pelo belíssimo cenário de montanhas vulcânicas.

A enorme quantidade de vulcões mostra que nas profundezas do arquipélago o é solo instável e cheio de energia. Isso faz com que o país esteja entre os que mais registram terremotos. Todos os anos, acontecem cerca de 1.000 abalos que podem ser sentidos. O último terremoto de grandes proporções, o Hanshin-Awaji, ocorreu em janeiro de 1995. Matou cerca de 6 mil pessoas, feriu mais de 40 mil e deixou outras 200 mil desabrigadas.

O Japão é um país insular que se estende ao longo da costa leste da Ásia. O litoral marítimo do Japão é aproximadamente quatro vezes maior que o brasileiro.[8] As ilhas principais, de norte para sul, são: Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu. Além destas ilhas maiores, o Japão inclui cerca de três mil outras ilhas, parte das quais constituem as ilhas Riukyu, inclusive Okinawa, que se estendem a sudoeste de Kyushu até perto de Taiwan.

Cerca de 75% do país é montanhoso[9] com uma cordilheira no centro das ilhas principais, de forma que as pequenas planícies costeiras se tornam as áreas mais povoadas do país.[10] A montanha mais alta do Japão é o monte Fuji com 3.776 metros de altitude e seu ponto mais baixo fica no lago Hachirogata, quatro metros abaixo do nível do mar.[8] Localizado no Círculo de fogo do Pacífico há 80 vulcões ativos no país e os sismos são muito comuns, ocorrendo mil deles sensíveis por ano.[9] Os rios japoneses são curtos e de águas ligeiras. Atingem o mar pouco depois de sua nascente nas montanhas acima e formam geralmente deltas em forma de leque.[9]

O clima japonês apresenta uma clara mudança entre as estações e sofre a influência de massas de ar frias vindas da Sibéria e do continente no inverno, bem como de massas de ar quentes do Pacífico no verão. Os furacões são comuns entre o fim do verão e o início do outono. Em média, formam-se 30 anualmente, dos quais quatro atingem o Japão. O país pode ser dividido em quatro regiões climáticas: a de Hokkaido, de clima subártico, a da costa do Pacífico, temperado, a da costa do Mar do Japão, mais chuvoso, e o da região sudoeste, subtropical.[9]

O Japão pode ser subdividido em nove ecoregiões florestais que refletem o clima e a geografia das ilhas. Elas vão de florestas subtropicais nas ilhas Ryukyu e Bonin, a florestas temperadas nas regiões de clima mais ameno das principais ilhas, e florestas de coníferas nas porções frias ao norte.

Uma ilha do Pacífico que é um país.

O Japão é um “país-ilha” que forma um arco no oceano Pacífico ao Leste do continente asiático. Abrange quatro grandes ilhas, Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku, além de centenas de outras menores. O Pacífico banha a costa Leste, enquanto a Oeste o Mar do Japão e o Mar do Leste da China separam o Japão do continente asiático.

Com 377.864 quilômetros quadrados, o território japonês corresponde ao da Alemanha, Finlândia, Vietna~ ou Malásia. Comparativamente, o Japão representa apenas 1/22,6 o tamanho do Brasil e é menor que o Estado de Minas Gerais.

A costa do Japão tem característica bastante variada. Em algumas localidades, como em Kujukurihama, na província de Chiba, há praias contínuas por mais de 60 quilômetros. Já a província de Nagasaki é marcada por penínsulas e baías e ilhas próximas da praia (como o arquipélago Goto e as ilhas de Tsushima e Iki, que são parte da província). Na região costeira destacam-se, ainda, áreas irregulares com baías e rochedos íngremes formados pelas mudanças na crosta terrestre.

A mistura das correntes marítimas quentes Kuroshio (ou Corrente Japonesa), que se movimenta em direção ao Nordeste, uma parte dela, o Tsushima Current, que segue em direção do Mar do Japão, e uma corrente fria chamada de Oyahio (ou Corrente Okhotsk) é responsável pela abundância de peixes nas águas próximas ao arquipélago.

População

Japoneses fazendo exercidos de alongamento.
Japoneses fazendo exercidos de alongamento.

Com exceção dos ainos, povo indígena do qual há uma pequena população remanescente em Hokkaido, considera-se que os japoneses constituem um único grupo étnico. Classificam-se como um ramo da raça mongolóide, estreitamente relacionada com os povos da Ásia oriental. Suas características físicas gerais são cabelo negro, liso e forte; pele amarela, olhos escuros e oblíquos; e corpo pouco piloso.

A língua japonesa.
A língua japonesa.


A língua nacional é o japonês, incluída no grupo lingüístico altaico e afim ligada ao coreano. A introdução de caracteres e textos chineses, no século IV da era cristã, enriqueceu enormemente o idioma. Inicialmente empregaram-se os caracteres chineses para escrever, mas no século IX desenvolveu-se um silabário, o kana, desde então usado para o japonês escrito, junto com cerca de quatro mil caracteres chineses, reduzidos a dois mil após a segunda guerra mundial. É grande a quantidade de dialetos, mas o de Tokyo difundiu-se pelo país ao longo do século XIX e se impôs graças ao sistema educativo e aos modernos meios de comunicação. A partir do século XIX as mudanças sociais e econômicas se estenderam às mais distantes aldeias rurais, ainda que muitos costumes tradicionais tenham sobrevivido. Assim também ocorre com os sistemas cooperativos da agricultura e a assistência mútua entre os habitantes de um mesmo povoado. A unidade autônoma rural, conhecida como mura, consta de trinta a cinqüenta famílias.

Hiragana e katagana.
Hiragana e katagana.


Os assentamentos rurais são em sua maioria bastante antigos, embora muitos tenham surgido no século XVI. Nenhum núcleo populacional, porém, pode considerar-se exclusivamente rural, pois a comunicação com os centros urbanos é intensa e nos meses de inverno a população rural fornece mão-de-obra sazonal para as cidades. As aldeias de pescadores se multiplicaram a partir do século XVII e o mesmo ocorreu com os núcleos de montanheses, que surgiram quando a madeira, o carvão vegetal e outros produtos encontraram mercado nas cidades. Visto que mais de oitenta por cento do país se constituem de montanhas e zonas inóspitas, a população se concentra nas grandes cidades e conurbações das planícies.

Os assentamentos urbanos são de origem recente. À exceção das primeiras capitais (Nara, Kyoto e Kamakura), não existia nenhuma cidade grande antes do século XVI. Desde o final desse século, os poderosos templos e senhores feudais começaram a construir cidades que atraíram comerciantes e artesãos. O crescimento urbano se acelerou no século XIX com o desenvolvimento dos portos internacionais de Kobe, Yokohama, Niigata, Hakodate e Nagasaki e com as bases navais de Yokosuka, Kure e Sasebo.

A industrialização também influiu no crescimento de cidades como Yawatahama, Niihama, Kawasaki e Amagasaki. Nos aglomerados urbanos japoneses se misturam o antigo e o novo, pois neles um núcleo tipicamente oriental coexiste com os mais modernos centros comerciais e sofisticadas indústrias. Casas de construção frágil se erguem junto a imponentes arranha-céus. A capital nacional, Tokyo (denominada Edo até 1868), é uma das cidades mais populosas do mundo. Outras cidades importantes são Yokohama, Osaka, Nagoya e Sapporo.


Geologia e relevo

Relevo japonês.
Relevo japonês.

O caráter montanhoso do país é resultado de forças orogênicas geologicamente recentes, como demonstra a freqüência de terremotos violentos, atividade vulcânica e as alterações do nível do mar ao longo do litoral. São escassas as planícies e planaltos, ao contrário do que ocorre em regiões mais estáveis e antigas da Terra, niveladas pela erosão. As montanhas cobrem mais de quatro quintos do Japão e se agrupam em seis pequenas cadeias, que de nordeste para sudeste são: cadeia Chishima, das ilhas Kurilas; cadeia de Sakhalin-Hokkaido; cadeias do nordeste e do sudoeste da ilha Honshu; cadeia das ilhas Shichito-Mariana e as formações das ilhas Ryukyu. Existem no Japão cerca de 200 vulcões, dos quais pelo menos quarenta permanecem em atividade. O pico vulcânico mais elevado, e também o mais famoso, é o monte Fuji ou Fujiyama (3.776m). Também são importantes o Aso, o Minami e o Asamayama. Próximo ao litoral encontram-se fossas marítimas muito profundas: a 200km a leste de Honshu, a profundidade chega aos 8.491m.


Clima

Quatro estações bem definidas.
Quatro estações bem definidas.


A extensão em latitude do país explica a diversidade de climas, do tropical ao temperado, sujeitos também à influência das monções (ventos sazonais) e da altitude. No sul do país o clima é ameno, mesmo durante o inverno. Hokkaido e Honshu têm nessa estação temperaturas muito baixas. Em geral, a vertente do Pacífico é mais quente e menos enevoada do que a vertente voltada para o continente, devido ao obstáculo interposto pelas cadeias de montanhas aos ventos frios continentais. As precipitações são abundantes durante todas as estações e atingem médias anuais de 1.500mm no norte e até 2.500mm nas regiões a sudoeste. As neves são freqüentes em todo o país no inverno.

A característica mais marcante do clima do [[Japão] são as mudanças de temperatura bem definidas nas quatro estações do ano. De Norte a Sul, o país é influenciado no inverno por ventos sazonais que sopram da Sibéria e, no verão, por ventos que vêm do oceano Pacífico.

No extremo Norte, em Hokkaido, a região mais fria do Japão, o clima é sub-ártico, com temperatura média anual de 8ºC e índice pluviométrico de 1.150 milímetros. A costa do Pacifico pertence à zona temperada e apresenta verão quente, enquanto a região voltada para o Mar do Japão é marcada por muita chuva e neve. Já as ilhas de Okinawa, no extremo Sul, pertencem à zona com clima subtropical, com temperatura média anual de mais de 22°C e índice pluviométrico de mais de 2.000 milímetros por ano.


Hidrografia

Hidrografia do Japão.
Hidrografia do Japão.

A estrutura do terreno faz com que o Japão tenha rios de pequena extensão, quase sempre torrenciais e de reduzida bacia hidrográfica. Somente oito rios ultrapassam 200km de extensão. O Shinano, em Honshu, é o maior, com 367km. Outros cursos importantes são: Teshio' e Ishikari, em Hokkaido; Kitakami, Tone, Kiso e Tenryu, em Honshu; e Chikugo, em Kiushu. Alguns dos rios procedentes das zonas vulcânicas do nordeste de Honshu têm águas ácidas e inúteis para a agricultura. Os rios carreiam, geralmente, grandes quantidades de aluviões e formam deltas em suas embocaduras. O maior lago, de origem tectônica (causado por fraturas da crosta terrestre), é o Biwa, com 672km2. Mais numerosos são os de origem vulcânica, como o lago Kutcharo, de Hokkaido, o Towada e o Ashi, de Honshu.


Flora e fauna

Vegestação ganha tom avermelhado no outorno.
Vegestação ganha tom avermelhado no outorno.
Hidrografia do Japão.
Hidrografia do Japão.


A maior parte da vegetação original foi substituída por lavouras ou espécies originárias de outras partes do mundo. Nas ilhas Ryukyu e Bonin encontram-se vários tipos de amoreiras, canforeiras e carvalhos. Há bosques de loureiros desde as ilhas do sudoeste até o norte de Honshu. As dunas litorâneas são dominadas pelos pinheiros, e os cedros japoneses, alguns com mais de dois mil anos, são encontrados no sul de Kyushu. São numerosas as coníferas no norte e no leste de Hokkaido. Apesar da densidade populacional humana, os mamíferos terrestres do Japão são relativamente abundantes nas regiões florestais montanhosas (ursos, raposas, cervos, antílopes, macacos etc.). As águas japonesas são povoadas por baleias, golfinhos e peixes, como salmão, sardinha e bacalhau. Entre os répteis, encontram-se tartarugas, lagartos e cobras. É famosa a salamandra gigante de Kyushu e Honshu, de 1,5m de comprimento.



Mapa do Japão

Mapa do Japão.
Mapa do Japão.

A mistura das correntes marítimas quentes Kuroshio (ou Corrente Japonesa), que se movimenta em direção ao Nordeste, uma parte dela, o Tsushima Current, que segue em direção do Mar do Japão, e uma corrente fria chamada de Oyahio (ou Corrente Okhotsk) é responsável pela abundância de peixes nas águas próximas ao arquipélago.


Terra de vulcões

Geografia do Japão

Cerca de ¾ da superfície do país é montanhosa.

A região de Chubu, no centro da ilha de Honshu, é conhecida como “o topo do Japão” por possuir diversas montanhas com mais de 3.000 m de altura.

O ponto mais alto do arquipélago é o Monte Fuji (3.776m), na província de Shizuoka, seguido do pico Kitadake, em Yamanashi, com 3.192m, e do Hotakadake, com 3.190m, entre Nagano e e Gifu.

O Japão possui nada menos que sete regiões vulcânicas que cobrem o país do extremo Norte ao extremo Sul. Do total de vulcões, cerca de 80 ainda estão ativos, como o Monte Mihara, na ilha Izu Oshima; Monte Asama, na divisa das províncias de Nagano e Gunma; e o Monte Aso, na província de Kumamoto.

O mais famoso vulcão é o Monte Fuji, um dos cartões postais do Japão, e que está adormecido desde 1707, quando ocorreu sua última erupção.

O território japonês abriga aproximadamente 1/10 dos cerca de 840 vulcões ativos em todo o planeta, embora tenha apenas 1/400 do total das terras do mundo.

Ainda que os vulcões sejam uma ameaça e possam causar grandes danos em caso de erupções, no Japão eles representam uma importante fonte de turismo tanto interna quanto externa. Regiões como Nikko, Hakone e a Península Izu, por exemplo, são famosas por suas primaveras quentes e pelo belíssimo cenário de montanhas vulcânicas.

A enorme quantidade de vulcões mostra que nas profundezas do arquipélago o é solo instável e cheio de energia. Isso faz com que o país esteja entre os que mais registram terremotos. Todos os anos, acontecem cerca de 1.000 abalos que podem ser sentidos. O último terremoto de grandes proporções, o Hanshin-Awaji, ocorreu em janeiro de 1995. Matou cerca de 6 mil pessoas, feriu mais de 40 mil e deixou outras 200 mil desabrigadas.


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